segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O FUTURO DOS OCEANOS

Os mares constituem o maior espaço vital do nosso planeta. Sabemos da função-chave que exercem para a nossa existência. Porém, a infinita imensidão dos oceanos foi menos investigada do que a superfície da Lua. Por isso, a investigação oceanográfica é uma das grandes tarefas que a ciência tem para com a sociedade.
Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície do nosso planeta, albergando o maior ecossistema coeso da Terra. O nosso futuro vai depender de como a circulação oceânica vai ser modificada pela mudança do clima, da subida do nível do mar, com perigos para as regiões costeiras e os arquipélagos, e da acidificação dos mares pela crescente absorção de dióxido de carbono (CO2) dissolvido. Nos oceanos existem enormes jazidas de recursos que a longo prazo poderão ser aproveitadas pelo ser humano. Mas por exemplo já hoje a pesca predatória alcançou dimensões dramáticas nos mares. Para poderem desenhar uma imagem exata dos oceanos de hoje e do futuro, cientistas, políticos e a sociedade precisam de informações claras. Até agora, as “profundezas dos oceanos” quase não foram investigadas ainda, constituindo por essa razão um dos últimos destinos para viagens de descobrimento no planeta.
O oceano acolhe aproximadamente um quarto do dióxido de carbono liberado pelo ser humano. Se não existisse este “coletor” natural, grandes quantidades deste gás do efeito estufa permaneceriam na atmosfera e o nosso planeta aqueceria muito mais do que se verifica hoje.
O outro lado da moeda é que na água do mar o dióxido de carbono se transforma em ácido carbônico. O pH da água diminui: a água se torna mais ácida. Outra consequência é a diminuição da concentração de íons de carbonato. Porém, são justamente esses íons de carbonato que seres vivos produtores de cálcio como o plâncton ou os corais precisam para crescerem.
Estudos de laboratório com espécies isoladas realizados pelos oceanógrafos em Kiel mostram que algas calcárias unicelulares, os chamados cocolitoforídeos, em águas ácidas produzem menos calcário e ganham menos peso. Sob condições extremas, as pequenas escamas de calcário da espécie Calcidiscus leptoporus se dissolvem. Em águas ácidas, a espécie Emiliania huxleyi inicialmente também armazena bastante menos calcário. Porém, ao longo de várias gerações novos genótipos mais resistentes se impõem, formando novas mutações. Dessa forma, a alga consegue compensar em parte os efeitos negativos da acidificação.

Devido à mudança do clima, a temperatura do oceano sobe, o valor do pH diminui e a acidez do oceano aumenta. Isso prejudica o processo de formação de calcário dos organismos e retarda o crescimento de muitas espécies tropicais de coral.
O mesmo seria válido também para os corais de águas frias nas profundezas escuras do mar? Em experimentos de laboratório, a espécie Lophelia pertusa resistiu à crescente acidificação, desde que tivesse alimentação suficiente à sua disposição. Os biólogos marinhos em Kiel estudaram os efeitos que temperaturas mais elevadas e maior acidez da água têm sobre a scleractinia.
Para verificar se os resultados de laboratório são transferíveis para as condições naturais, os cientistas do GEOMAR em julho de 2013 montaram um observatório a longo prazo num fiorde norueguês, do qual são provenientes as amostras utilizadas nos experimentos em laboratório. Outro objetivo do estudo é a investigação dos efeitos recíprocos entre os seres vivos.
Mesocosmos têm a função de representar o complexo ecossistema marinho em escala pequena. Como em enormes tubos de ensaio, pesquisadores podem observar as alterações de comunidades biológicas inteiras pela acidificação dos oceanos. Os trabalhos da KOSMOS-Mesocosmos de Kiel comprovaram que minúsculos organismos de plâncton tiram proveito da acidificação. A sua produtividade aumentada poderá inverter toda a cadeia alimentar. Além disso, menos carbono migra para o oceano profundo, ocorrendo uma diminuição da produção de dimetilsulfureto, um gás que esfria o clima.
Um estudo com mesocosmos na Noruega mostra, porém que é difícil transferir as observações feitas em laboratório para as comunidades biológicas: enquanto que em experimentos de laboratório com água ácida a alga calcária da espécie Emiliania huxleyi mostrou apenas uma ligeira diminuição da taxa de crescimento, sob condições semelhantes no seu habitat natural ela não consegue se impor se estiver em competição com outras algas ou sujeita à pressão de predadores ou a vírus.


sábado, 27 de dezembro de 2014

GOOGLE: O CARRO SEM MOTORISTA





Você já imaginou entrar em um carro que dirige sozinho? O que parece algo futurista vai se tornar realidade em 2015. É que a Google Inc. afirmou esta semana. A empresa pretende lançar o Android Auto ano que vem de forma comercial. Inclusive, 40 montadoras – como Chevrolet, Fiat, Ford, Honda e Hyundai, firmaram acordo para usar a tecnologia.
Inicialmente pensado para concorrer com o CarPlay, da Apple, o Android Auto quer ser firmar como uma plataforma da Google no mercado automotivo, onde cada montadora de carro teria a sua própria versão customizada, assim como acontece com os empresas fabricantes de smartphones que utilizam a plataforma Android.
Com incremento das possibilidades de entretenimento para o motorista, a dúvida da “Gigante de Buscas” é se lança o Android Auto com o imperativo de ser usado com o smartphone conectado à internet dentro das novidades do Android M ou se faz um painel de controle direto no automóvel.
Ou ainda, se oferece as duas opções. Os últimos testes já estão sendo feitos pela empresa que quer, em breve, que estes veículos inteligentes ganhem todo o planeta.
Sem dúvida, é inegável que a proposta da Google é ousada: toda vez que o carro for ligado, o motorista vai usar os serviços do Google e, ao mesmo tempo, do modelo da marca do carro via comando de voz ou toque em uma tela.
Com carros inteligentes que dirigem sozinho, será que irão diminuir [ou aumentar] os acidentes e as multas de trânsito? Será que os quem não tem Carteira de Habilitação vão poder transitar livre pelas ruas?
Caso consiga se firmar mesmo neste mercado, a Google dá mais um passo importante para a consolidação da Internet das Coisas no mundo. Produtos conectados à rede de internet de forma inteligente e que produzem respostas imediatas para os seus respectivos usuários.
Se o automóvel já caminha para isso, hoje em dia temos geladeira, televisão, relógio, óculos, entre outros produtos, completamente conectados à rede mundial de computadores. O futuro, definitivamente, já começou!

O USO INTENSO DE CELULARES PROVOCA ALTERAÇÃO NO CÉREBRO



O uso intenso de alguns tipos de celulares está provocando uma alteração no cérebro de seus usuários, como forma de se adaptar à nova atividade motora, segundo estudo feito pelo Instituto de Neuroinformática da Universidade de Zurique, que analisou as reações do cérebro de 37 voluntários.
Entre os voluntários, 26 eram usuários de smartphones com telas de toque e 11 tinham modelos mais antigos de celulares. Os pesquisadores descobriram que os cérebros de usuários de smartphones têm se alterado por conta da operação repetida das telas de toque.
Para medir a atividade cerebral dos voluntários, foi utilizada a técnica da eletroencefalografia ou EEG na sigla em inglês, que monitora a atividade elétrica do cérebro, o que mostrou diferenças marcantes entre os usuários de smartphones e os que usavam celulares "convencionais".
O teste consistiu em monitorar os impulsos elétricos trocados entre o cérebro e as mãos através dos nervos. Isso apontou que os donos de smartphones tinha maior destreza no uso dos dedos, com maior atividade cerebral aos toques dados na tela dos aparelhos pelos dedos médio, polegar e indicador, estando diretamente ligado à frequência com que o smartphone é usado.
Segundo os cientistas, o cérebro é maleável e pode ser moldado pela utilização prática repetidamente, mas ficaram surpresos pela "escala das mudanças introduzidas (no cérebro) pelo uso de smartphones", entendendo que o estudo mostra que este tipo de celular está tendo um grande efeito na vida cotidiana da maioria das pessoas.

  

Xenofobia: um novo movimento com uma mensagem quase explícita de ódio perturba a Alemanha



O grupo autointitulado Pegida, ou “europeus patrióticos contra a islamização do Ocidente”, começou a fazer desde outubro manifestações em Dresden todas as segundas-feiras. Os números de manifestantes crescem todas as semanas: em 15 de dezembro o movimento reuniu 15 mil pessoas. Seus slogans de uma paranoia xenófoba (“Não à sharia na Europa!”) são também xenófobos à política da Saxônia, onde só 2% da população não é de origem alemã e apenas 1% dos imigrantes são mulçumanos.
Os manifestantes não fizeram declarações a respeito de suas exigências ou protestos. Convencidos que existe uma conspiração politicamente correta no ar, eles não falaram com a imprensa. Poucos exibiam símbolos do neonazismo e os protestos foram pacíficos. Mas todos compartilham uma ansiedade quanto à entrada de refugiados (200 mil em 2014) e imigrantes.
Lutz Bachmann, dono de uma agência de publicidade que certa vez fugiu para a África do Sul, a fim de não ser preso por tráfico de drogas, é o líder do movimento. Ele tem seguidores em outras cidades, como o protesto convocado pelo movimento Bogida em Bonn, e Wügida em Würzburg. Mas o leste da Alemanha, em especial Dresden, é a base do movimento. Contra-manifestantes fizeram passeatas em Dresden, mas em número bem inferior aos membros do Pegida (cerca de 5.600 na segunda semana de dezembro). A chanceler Angela Merkel acusou o Pegida de “agitação e difamação”; Heiko Maas, ministro da Justiça, declarou que movimentos como o Pegida eram uma “vergonha para a Alemanha”.
A Alemanha tem uma política tolerante em relação à imigração, um dos motivos da entrada de 465 mil imigrantes no país em 2013, além de ser o segundo maior país a receber imigrantes no mundo depois dos Estados Unidos. Mas Pegida é um lembrete que muitos alemães, sobretudo no leste da Alemanha, nutrem ressentimentos que podem ser explorados como sentimentos xenófobos. “



sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O QUE É MISOFONIA ?



As festas de fim de ano são ótimas oportunidades para reunir a família em um jantar ou um churrasco de fim de semana. Nessas ocasiões, a gula é um pecado perdoado e o clima fraterno toma conta.
Porém, um distúrbio chamado misofonia pode fazer das refeições em família um verdadeiro inferno. O termo misofonia significa “ódio ao som”. Aqueles que sofrem desse distúrbio se irritam facilmente com alguns tipos de som, entre eles o barulho dos talheres batendo em pratos, o som da mastigação e da respiração profunda.
A misofonia também leva os que sofrem do distúrbio a se irritar com o som de “cliques” de caneta, sons de pés batendo repetidamente no chão, de teclas digitando, beijos e outros sons leves produzidos pelos lábios.
Tais sons (chamados “sons gatilho”) desencadeiam na pessoa episódios de raiva, ansiedade e, em casos mais graves, de agressividade. Uma sensação de urgência toma conta da pessoa, que busca se livrar do som imediatamente. Muitos que sofrem de misofinia acabam abandonando as ocasiões em que o distúrbio pode se manifestar.
Em 2013, um grupo de cientistas holandeses analisou o distúrbio e descobriu que ele está ligado a um sentimento instintivo de medo, de preservação. O estudo mostrou que os sons captados pelo ouvido chegam à amídala cerebral, porção do cérebro responsável pela resposta ao medo e outras emoções negativas. De acordo com o estudo, a aflição ao som geralmente está ligada a alguma está ligada a um episódio ruim com o barulho em questão.
Os cientistas conseguiram descobrir onde a misofonia começa, mas ainda não sabem o que causa o distúrbio. Não há previsão de cura e, atualmente, a terapia é o tratamento mais usado para combater o transtorno.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Cientistas descobrem anticorpo que neutraliza vírus da dengue



Cientistas do Imperial College London, na Grã-Bretanha, descobriram uma nova classe de anticorpos capazes de neutralizar os quatro tipos de vírus da dengue.
A descoberta, publicada nesta segunda-feira, 15, na revista britânica Nature Immunology, pode auxiliar no desenvolvimento de tratamentos eficazes contra a doença, incluindo uma futura vacina universal.
O novo tipo de anticorpo, descoberto em humanos, também é capaz de neutralizar o estado inicial do vírus presente no mosquito Aedes Aegypti, que transmite a dengue.
Estima-se que a dengue infecta 400 milhões de pessoas por ano, especialmente nas regiões tropicais e subtropicais. Um grande problema é que quando uma pessoa é infectada por um dos quatro tipos de dengue fica imune a esse vírus, mas não aos demais.
O diretor da pesquisa, Gavin Screaton, disse que não acredita que a dengue possa ser controlada até que uma vacina seja desenvolvida, ressaltando ainda que isso poderia levar uma quantidade de tempo “considerável”, uma vez que será necessário produzi-la e testá-la primeiro em modelos não humanos.

Stent: retirando coágulos que bloqueiam vasos sanguíneos

Depois de três décadas, pesquisadores acharam um tratamento que melhora o prognóstico para pessoas que tiveram os piores tipos de derrame. Ao remover diretamente grandes coágulos de sangue que bloqueiam os vasos sanguíneos no cérebro, eles podem salvar o tecido cerebral que de outra forma morreria, permitindo que muitos voltem a ter uma vida independente.
Conduzido por pesquisadores na Holanda, o estudo foi publicado online, na última quarta-feira, 17, no New England Journal of Medicine.  Os pesquisadores suspeitam que uma das razões para o sucesso do tratamento é o uso de um novo tipo de “armadilha” para pegar os coágulos. O stent, que é basicamente uma gaiola de arame pequena que fica na extremidade de um cateter, é inserido na virilha e introduzido até uma artéria do cérebro. Quando a ponta do cateter atinge o coágulo, o stent é aberto e empurrado para dentro do coágulo, o que permite que o médico retire o cateter e o stent com o coágulo junto.
Cerca de 630 mil americanos têm derrames a cada ano, ocasionados por coágulos que bloqueiam os vasos sanguíneos do cérebro. De um terço a metade dos casos, o coágulo se encontra em um vaso sanguíneo grande, o que potencializa as sequelas. O remédio tPA funciona para os casos de coágulos menores, que são dissolvidos pela droga. Até agora nenhum tratamento tinha funcionado para quem tinha coágulos grandes.
O novo estudo foi feito com 500 pacientes que tiveram derrames. Um a cada cinco que usaram apenas o tPA se recuperaram o suficiente para voltar a ter uma vida independente. Mas um a cada três casos que também tiveram o coágulo removido diretamente foram capazes de voltar a ter uma vida independente logo depois do derrame.


sábado, 13 de dezembro de 2014

Dilma inaugura estaleiro na Base Naval da Marinha em Itaguaí (RJ)



A presidenta Dilma Rousseff inaugurou, em Itaguaí (RJ), o prédio principal do estaleiro de construção de submarinos, que integra o Complexo de Estaleiro e Base Naval da Marinha do Brasil.
O edifício é considerado a mais importante instalação do Complexo e abrigará recursos técnicos e industriais que permitirão a conclusão da fabricação de cinco submarinos, incluindo o primeiro submarino com propulsão nuclear brasileiro.
A presidenta destacou em discurso no encerramento da cerimônia de entrega do estaleiro a importância de modernizar e equipar a marinha para garantir a soberania do País e para a proteção de "patrimônio muito valioso" mantido pelo Brasil como o pré-sal e a Amazônia.
"O Brasil é um País pacífico e assim continuará. Isso no entanto não significa descuidar da nossa defesa", afirmou.
Toda a obra do Complexo de Estaleiro e Base Naval ficará pronta em 2021, quando os quatro submarinos convencionais do Estaleiro de Construção estarão prontos.
Até lá, estão previstos nove mil empregos diretos e 32 mil indiretos, com a participação de 600 empresas nacionais, promovendo a geração de emprego na região de Itaguaí.
Foram investidos cerca de R$ 9 bilhões na construção do complexo, que faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).

Prosub

O Prosub é fruto da uma parceria firmada entre o Brasil e a França no ano de 2008 e prevê a construção do primeiro submarino brasileiro movido a energia nuclear, além de outros quatro submarinos de propulsão convencional (diesel-elétricos).
O acordo assegura a transferência de toda a tecnologia necessária para que o Brasil tenha capacidade de projetar novos submarinos de propulsão convencional e nuclear.
Na construção e projeto dos submarinos convencionais e com propulsão nuclear serão cerca de 5.6 mil empregos diretos e 14 mil indiretos.
A previsão é que a construção do submarino nuclear brasileiro seja iniciada em 2017, com lançamento estimado para o ano de 2025.
"Em um futuro cada vez mais próximo, a força naval brasileira poderá escrever mais um feito para sua história, ter contribuído decisivamente para que o nosso País integre o seleto grupo de cinco países integrantes do conselho de segurança das Nações Unidas que dominam a tecnologia de construção de submarinos com propulsão nuclear", afirmou Dilma.

Dilma defende o fortalecimento das Forças Armadas



Dois dias depois de receber o relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV) que apurou violações cometidas pelo regime militar, a presidente Dilma Roussef defendeu o fortalecimento das Forças Armadas em evento com militares no Rio de Janeiro.
Dilma participou na sexta-feira, 12, da inauguração do prédio principal de um estaleiro de construção de submarinos, que faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). Ela foi recebida cordialmente pelos militares e aplaudida de pé pelo menos duas vezes.
“O Brasil é um país pacífico e assim continuará. Isso, no entanto, não significa descuidar de nossa defesa ou abdicar de nossa capacidade de dissuasão”, disse a presidente, tendo a seu lado o ministro da Defesa, Celso Amorim, e os comandantes dos três organizações militares: Marinha, Exército e Aeronáutica.
“Nossa capacidade de ampliar (a defesa) será tanto maior quanto mais bem equipadas estiverem nossas Forças Armadas e mais fortes nossa indústria da defesa. Temos um patrimônio muito valioso para proteger.”
Acompanhada pelo Governador do Rio de janeiro, Luiz Fernando Pezão, e pelo diretor-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, Dilma ressaltou que a modernização das Forças Armadas faz parte de um “necessário e estratégico processo.”
Ela disse que a indústria de defesa deve ser um vetor de expansão econômica.
“Um segundo objetivo estratégico para os investimentos que estamos realizando aqui é fazer de nossa indústria da defesa um vetor de inovação e de expansão da indústria do nosso país”.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Saúde Mental Escolar: 13% dos alunos sofrem de transtornos psiquiátricos



O Estudo Epidemiológico sobre a Saúde Mental Escolar do brasileiro indicou que 13% dos alunos de escolas públicas pesquisadas, com idades entre 6 a 16 anos, sofrem de transtornos psiquiátricos. Ao todo, foram contatados 1,7 mil alunos de quatro regiões brasileiras, e os dados mostram que apenas 19,3% desses estudantes com transtornos psiquiátricos receberam alguma forma de tratamento no último ano.
Ainda segundo o estudo, os transtornos disruptivos – Transtorno Desafiador e de Oposição, Transtorno de Conduta, e Transtorno de Hiperatividade e Déficit de Atenção (TDAH) – foram diagnosticados em 5,8% dos pesquisados, sendo 4,5% só de TDAH. A prevalência de alguma deficiência física foi registrada em 37,3%, em que delas 13,4% são deficiência visual, e 5,4% deficiência auditiva.
Inicialmente, o projeto foi apresentado às Secretarias de Educação e Saúde dos Municípios escolhidos por sorteia e as escolas participantes. Psicólogos foram treinados para entrevistar as famílias, e a coleta de dados foi finalizada em dezembro de 2012. Os pesquisadores atuaram nos Municípios de Caeté (MG); Goiânia (GO); Itaitinga (CE); e Rio Preto da Eva, (AM). Em cada um deles, 450 estudantes foram entrevistados.
De acordo com os resultados, há necessidade de uma reformulação de políticas públicas no setor com ênfase para a prevenção e a identificação precoce dos transtornos. Também ações voltadas para o combate ao estigma, que garantam a esses estudantes a possam atingir um desenvolvimento físico e emocional compatível com suas potencialidades.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A `Menor Bíblia do Mundo´

      Na última terça-feira, 09/12, a empresa "Jerusalem Nano Bible" divulgou que a sua edição (em tamanho nano) do Novo Testamento entrou para o livro dos recordes ("Guiness Book"), como a "Menor Bíblia do Mundo".
A empresa informou que desenvolveu um chip quadrado, com tamanho abaixo de 5 milímetros, contendo a versão original do Novo Testamento, em grego.
O pequeno chip de 4,76 milímetros em cada lado pode ser usado em relógios ou até pingentes, apresentando "grande versatilidade" na indústria das joias, segundo informou o jornal "Jerusalem Post".
O conteúdo do chip foi conferido por um especialista, que constatou que os 27 livros estão, de fato, contidos no dispositivo.
Segundo o diretor de Marketing da companhia, a ideia é desenvolver ainda mais a versatilidade e portabilidade da Bíblia. 
      "O nosso objectivo é ser capaz de produzi-lo em massa e atender a todos os bolsos realmente", disse David Almog, diretor de marketing e vendas departamento da empresa.
"Como esse aplicativo, a menor Bíblia do mundo, Jerusalém Nano Bíblia, pode ser aplicada a infinitas possibilidades na indústria de jóias".
A companhia também planeja desenvolver um formato semelhante para o Velho Testamento. 

Fonte-cpadnews

MPPE: Flanelinhas são tema de audiência

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realizou na última quarta-feira, às 9h, audiência pública sobre irregularidades praticadas por flanelinhas no Recife. A prefeitura pretende firmar parceria com as polícias civil e militar para cadastrá-los e contribuir com as investigações. Na última audiência, não houve acordo entre a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e a Polícia Militar (PM).
Para tentar por fim às irregularidades em áreas destinadas a estacionamentos públicos no Recife, a prefeitura pretende fazer o cadastramento e monitoramento dos flanelinhas. O secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, afirmou que os guardadores envolvidos em crimes de extorsão serão retirados das ruas.
A proposta, que pode ser implementada em 2015, deve ser apresentada nesta audiência por exigência do MPPE. A reunião foi convocada após a CTTU e PM não chegarem a um acordo sobre a responsabilidade de cada órgão no combate às irregularidades nas ruas do Recife. No primeiro encontro, em 3 de novembro, a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, afirmou que a fiscalização não cabe aos guardas de trânsito. Já a PM, alegou que só pode atuar quando há flagrante de extorsão.
Desta vez, além dos órgãos, a promotora de Defesa da Cidadania da Capital, Áurea Roseane Vieira, convocou representantes da Polícia Civil, do BPTran, e os secretários João Braga e Murilo Cavalcanti, de Segurança Urbana.
O MPPE e a Polícia Civil investigam denúncias de supostos esquemas entre flanelinhas e guardas em áreas de Zona Azul. Um mapeamento, produzido ao longo dos últimos três anos, apontou ruas do Centro onde as irregularidades estariam sendo praticadas. Apesar disso, a Corregedoria da Guarda Municipal encaminhou ofício ao MPPE informando que não está apurando nenhum caso.
Na Rua Gervásio Pires e na Avenida Martins de Barros veículos estacionados em área de Zona Azul, sem uso do talão, não seriam multados pelos guardas da CTTU - desde que negociassem pagamento aos flanelinhas.
Segundo Braga, o assunto está em discussão com as polícias Civil e Militar e a Guarda Municipal para que esses órgãos deem apoio nas investigações e possam coibir as práticas criminosas. “Temos que separar os flanelinhas daqueles que são aventureiros e querem extorquir. É preciso regras na cidade”, disse.
Comandante do 16º Batalhão da PM, tenente-coronel Jailton Pereira afirmou que cadastros com flanelinhas já são realizados em algumas ruas do centro, quando há eventos, como corridas aos domingos, por exemplo. “Fizemos isso depois que alguns carros foram arrombados. Chamamos os guardadores para saber quem estará trabalhando naquele dia e dizemos que vamos responsabilizá-los caso aconteçam problemas”, explicou o oficial.
Pereira destacou ainda que, na audiência do MPPE, é preciso discutir a necessidade de os guardadores apresentarem identificação de que trabalham em determinadas áreas, pois isso facilitará a fiscalização. Outra questão, segundo ele, é a necessidade de apoio da população. “As pessoas denunciam, mas não querem ir à delegacia prestar depoimento. Assim, a investigação não é possível.”
Já a CTTU estuda a possibilidade de acabar com o Zona Azul no formato de papel, evitando que o flanelinha inflacione o valor, que hoje custa R$ 1.
Essa não é a primeira vez que o Recife tenta cadastrar flanelinhas. Em 1996, o então secretário de Segurança Pública do estado, Antônio Morais, anunciou a medida. Em 2011, na gestão do prefeito João da Costa, foi anunciado cadastro e até a ideia de terceirizar o gerenciamento da Zona Azul. Em ambos os casos, os levantamentos não avançaram.
Fonte-DP

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

INDEPENDÊNCIA DA PRAÇA DA INDEPENDÊNCIA

        Se você foi uma das mais de 1600 pessoas que apoiou a luta em Defesa da Praça da Independência (Pracinha do Diário), saiba que seu apoio resultou no sucesso da nossa luta!

      Depois da nossa petição e de oito meses de ocupação político-cultural da Praça da Independência, um pedido de informação ao Prefeito do Recife sobre o fundamento legal para concessão de uma praça pública para fins privados - até hoje não respondido -, um inquérito civil junto ao Ministério Público de Pernambuco, 15 Atos de Reintegração de Posse da Praça com o Som na Rural, e uma ENORME MOBILIZAÇÃO POLÍTICA E POPULAR NA PRAÇA, na qual dizíamos que não havia nada mais vexatório do que privatizar uma Praça Pública, símbolo maior da 'res publica', símbolo maior da democracia, símbolo maior da mistura de gentes, de cores, de ritmos, FINALMENTE A REDE GLOBO E A PREFEITURA DO RECIFE, PRESSIONADAS POR NOSSA MOBILIZAÇÃO, CANCELARAM O VERGONHOSO CAMAROTE DO APARTHEID CARNAVALESCO!
          Estamos, eu, Nilton Pereira e Roger Renor, celebrando não apenas mais essa vitória do povo, mas celebrando essa NOVA FORMA DE FAZER POLÍTICA, na Praça, na Rua, nas redes sociais, essa coisa linda e gostosa que é a maniFESTAção de uma esquerda assumidamente festiva e que agora tem mesmo todos os motivos para comemorar e ser feliz!
       Essa é apenas mais uma prova do poder que o povo tem! Política hoje só se faz com a GENTE, porque é de gente que a cidade é feita!
         Aliás, é bom lembrar que nosso pedido de informação sobre os Camarotes VIPs do governo, somado a um evento nas redes sociais intitulado "QUERO MINHA VAGA NO CAMAROTE VIP DO GOVERNO" também levou ao cancelamento, em fevereiro desse ano, dos vergonhosos camarotes restritos, pagos com dinheiro público e que tomavam o espaço do povo no Marco Zero e na Torre Malakoff.
       Isso não é maravilhoso? Saber que qualquer um de nós tem poder de exigir o respeito à moralidade pública e à legalidade. E basta para tanto um pouco de conhecimento e um pouco de boa vontade.
        Por isso, fazem tanta questão de esconder que essa vitória foi do povo! Escondem a verdadeira razão do cancelamento dos camarotes e não têm humildade de admitir que vencemos. Afinal, eles têm medo de que a gente "aprenda" o poder que temos. O que eles não sabem, mas vão descobrir, é que já aprendemos.
        Assim, de coração pleno de alegria, CELEBRAMOS A INDEPENDÊNCIA, A LIBERDADE E ABERTURA DURANTE O ANO TODO DA PRAÇA DA INDEPENDÊNCIA para toda pessoa, todo Afoxé, todo Maracatu, todo folião, todo brincante, todo rapper e todo mundo que tem na Praça a sua Casa.
      Gostaríamos, enfim, de dedicar essa vitória ao grandioso MAESTRO ADEMIR ARAÚJO, o Maestro Formiga, que há 40 anos levou a orquestra sinfônica para interpretar a Grande Abertura do Diário de Pernambuco para a Praça que, hoje, volta a estar sempre aberta!
         E para celebrar essa vitória ficam desde logo todos e todas convidados para o GRANDE ATO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE DEFINITIVA DA PRAÇA DA INDEPENDÊNCIA, no dia 28 de dezembro, com grandes nomes da nossa cultura pernambucana e com o Som na Rural!
        Até lá!
       Liana Cirne Lins

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Brasil e China: Cbers-4 é lançado ao espaço

O satélite Cbers-4, feito em parceria entre Brasil e China, foi lançado na madrugada deste domingo (7) ao espaço. O equipamento foi lançado à 1h26 (horário de Brasília) pelo foguete Longa Marcha 4B da base localizada na cidade de Taiyuan, nordeste da China. O sucesso da operação foi confirmado à 1h39, quando o equipamento atingiu altitude de 778 quilômetros, distância necessária para que entrasse em órbita e iniciasse a abertura do painel solar.
Uma comitiva brasileira que contou com o ministro da Ciência e Tecnologia, Clélio Campolina Diniz, com o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi, e com o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, acompanhou o lançamento no país asiático.
No Brasil, o lançamento foi acompanhado por pesquisadores do Inpe, em São José dos Campos (SP). "O lançamento foi um sucesso e o satélite se separou do foguete sem problemas. Já recebemos informações sobre os primeiros sinais vitais e ele deve passar sobre o Brasil por volta das 11h deste domingo", disse o chefe do Centro de Rastreio e Controle de Satélites do Inpe, Dr. Pawel Rozenfeld, assim que o sucesso da missão foi confirmado. Na tarde deste domingo (7), o Inpe confirmou que o satélite foi identificado sobre o Brasil.
De acordo com Rozenfeld, os três primeiros meses do satélite em órbita serão voltados a testes nas câmeras.
O satélite é equipado com quatro câmeras de alta resolução que vão coletar imagens com alta fidelidade de atividades agrícolas e contribuir com o monitoramento da Amazônia, auxiliando no combate de possíveis desmatamentos ilegais e queimadas.
O Cbers-4 tem o mesmo formato e mecanismos do Cbers-3, com modernização da tecnologia das câmeras de observação da Terra. Segundo a AEB, uma das inovações do Cbers-4 é a MUX, primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil.
O Cbers-4 foi acoplado ao veículo lançador no dia 1º de dezembro na base chinesa. Na última quinta (4), o Cbers-4 passou por diversas checagens de sistemas de rastreamento elétrico, de combustível, câmeras, telemetria - monitoramento de dados à distância - e pressão. A bateria de testes levou mais de cinco horas para ser concluída.
O satélite é o quinto equipamento construído em parceria com o país asiático e teve o lançamento adiantado após o fracasso na tentativa de enviar ao espaço o Cbers-3, em dezembro do ano passado. Inicialmente, o Cbers-4 só seria lançado em 2015.
Iniciado nos anos 1980, o programa Cbers (sigla em inglês para China-Brazil Earth Resources Satellite) é coordenado pela AEB e desenvolvido pelo Inpe.
O Cbers-4 é o quinto satélite do Programa Cbers. Antes dele foram lançados o Cbers-1 (1999), Cbers-2 (2003) e o Cbers-2B (2007). Uma falha no lançador chinês impediu a colocação em órbita do Cbers-3, em dezembro de 2013.
Fonte-globo


Qual é a cor da Lua?


Quando olhamos a Lua aqui da Terra, tudo o que vemos é um astro muito brilhante e acinzentado. No entanto, ao fazermos uma foto podemos perceber que nosso satélite apresenta algumas cores bem características, que nem mesmo a visão mais aguçada é capaz de revelar.
Quando James Lovel orbitou a Lua pela primeira vez em 24 de dezembro de 1968, sua impressão sobre as cores do astro não deixavam dúvidas: "A Lua é essencialmente cinza, sem cor. Se parece com gesso de Paris, uma areia cinzenta", disse ele naquela véspera de Natal.

Nos anos seguintes, quando as missões Apollo desembarcaram na superfície lunar e fizeram diversas fotos em cores, o que se viu foi uma paisagem inóspita, repleta de diversos tons de cinza. A monotonia das cores só era quebrada quando algum objeto terrestre aparecia nas cenas.
Embora tipicamente sem graça, a paisagem lunar não é totalmente desprovida de cores. Vista de longe, alguns tons azulados, alaranjados e avermelhados podem ser observados através de câmeras fotográficas, mesmo que nossos olhos não tenham capacidade para registra-los.
Em algumas regiões, as planícies lunares aparecem vermelhadas e em outras, azuis. O conhecido mar da Tranquilidade é ligeiramente azulado, enquanto a cratera Copérnico apresenta uma ligeira coloração púrpura. Essa diferentes cores são facilmente observadas ao saturarmos uma imagem lunar.
As cores observadas na superfície da Lua revelam as diferentes composições químicas do regolito. os tons azuis correspondem às áreas ricas em óxido de titânio enquanto as regiões alaranjadas ou púrpuras indicam rochas relativamente pobres em titânio e ferro.
Essa possibilidade de registrar as cores da superfície da Lua permitiu aos cientistas a calibrarem as imagens a partir da das amostras coletadas pelas missões Apolo, tornando possível analisar a composição química do nosso satélite através do uso de fotografias terrestres.
Anos mais tarde, em passagem pela Lua, a sonda Galileu enviou diversas imagens de alta resolução, revelando com detalhes extraordinários a composição química do solo lunar.