O
satélite Cbers-4, feito em parceria entre Brasil e China, foi lançado na
madrugada deste domingo (7) ao espaço. O equipamento foi lançado à 1h26
(horário de Brasília) pelo foguete Longa Marcha 4B da base localizada na cidade
de Taiyuan, nordeste da China. O sucesso da operação foi confirmado à 1h39,
quando o equipamento atingiu altitude de 778 quilômetros, distância necessária
para que entrasse em órbita e iniciasse a abertura do painel solar.
Uma
comitiva brasileira que contou com o ministro da Ciência e Tecnologia, Clélio
Campolina Diniz, com o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), Leonel Perondi, e com o presidente da Agência Espacial Brasileira
(AEB), José Raimundo Braga Coelho, acompanhou o lançamento no país asiático.
No
Brasil, o lançamento foi acompanhado por pesquisadores do Inpe, em São José dos
Campos (SP). "O lançamento foi um sucesso e o satélite se separou do
foguete sem problemas. Já recebemos informações sobre os primeiros sinais
vitais e ele deve passar sobre o Brasil por volta das 11h deste domingo",
disse o chefe do Centro de Rastreio e Controle de Satélites do Inpe, Dr. Pawel
Rozenfeld, assim que o sucesso da missão foi confirmado. Na tarde deste domingo
(7), o Inpe confirmou que o satélite foi identificado sobre o Brasil.
De
acordo com Rozenfeld, os três primeiros meses do satélite em órbita serão
voltados a testes nas câmeras.
O
satélite é equipado com quatro câmeras de alta resolução que vão coletar
imagens com alta fidelidade de atividades agrícolas e contribuir com o
monitoramento da Amazônia, auxiliando no combate de possíveis desmatamentos
ilegais e queimadas.
O
Cbers-4 tem o mesmo formato e mecanismos do Cbers-3, com modernização da
tecnologia das câmeras de observação da Terra. Segundo a AEB, uma das inovações
do Cbers-4 é a MUX, primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e
produzida no Brasil.
O
Cbers-4 foi acoplado ao veículo lançador no dia 1º de dezembro na base chinesa.
Na última quinta (4), o Cbers-4 passou por diversas checagens de sistemas de
rastreamento elétrico, de combustível, câmeras, telemetria - monitoramento de
dados à distância - e pressão. A bateria de testes levou mais de cinco horas
para ser concluída.
O
satélite é o quinto equipamento construído em parceria com o país asiático e
teve o lançamento adiantado após o fracasso na tentativa de enviar ao espaço o
Cbers-3, em dezembro do ano passado. Inicialmente, o Cbers-4 só seria lançado
em 2015.
Iniciado
nos anos 1980, o programa Cbers (sigla em inglês para China-Brazil Earth
Resources Satellite) é coordenado pela AEB e desenvolvido pelo Inpe.
O Cbers-4 é o quinto satélite do Programa Cbers. Antes dele foram lançados o Cbers-1 (1999), Cbers-2 (2003) e o Cbers-2B (2007). Uma falha no lançador chinês impediu a colocação em órbita do Cbers-3, em dezembro de 2013.
O Cbers-4 é o quinto satélite do Programa Cbers. Antes dele foram lançados o Cbers-1 (1999), Cbers-2 (2003) e o Cbers-2B (2007). Uma falha no lançador chinês impediu a colocação em órbita do Cbers-3, em dezembro de 2013.
Fonte-globo
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