Quando
olhamos a Lua aqui da Terra, tudo o que vemos é um astro muito brilhante e
acinzentado. No entanto, ao fazermos uma foto podemos perceber que nosso
satélite apresenta algumas cores bem características, que nem mesmo a visão
mais aguçada é capaz de revelar.
Quando
James Lovel orbitou a Lua pela primeira vez em 24 de dezembro de 1968, sua
impressão sobre as cores do astro não deixavam dúvidas: "A Lua é
essencialmente cinza, sem cor. Se parece com gesso de Paris, uma areia
cinzenta", disse ele naquela véspera de Natal.
Nos
anos seguintes, quando as missões Apollo desembarcaram na superfície lunar e
fizeram diversas fotos em cores, o que se viu foi uma paisagem inóspita,
repleta de diversos tons de cinza. A monotonia das cores só era quebrada quando
algum objeto terrestre aparecia nas cenas.
Embora
tipicamente sem graça, a paisagem lunar não é totalmente desprovida de cores.
Vista de longe, alguns tons azulados, alaranjados e avermelhados podem ser
observados através de câmeras fotográficas, mesmo que nossos olhos não tenham
capacidade para registra-los.
Em
algumas regiões, as planícies lunares aparecem vermelhadas e em outras, azuis.
O conhecido mar da Tranquilidade é ligeiramente azulado, enquanto a cratera
Copérnico apresenta uma ligeira coloração púrpura. Essa diferentes cores são
facilmente observadas ao saturarmos uma imagem lunar.
As
cores observadas na superfície da Lua revelam as diferentes composições
químicas do regolito. os tons azuis correspondem às áreas ricas em óxido de
titânio enquanto as regiões alaranjadas ou púrpuras indicam rochas
relativamente pobres em titânio e ferro.
Essa
possibilidade de registrar as cores da superfície da Lua permitiu aos
cientistas a calibrarem as imagens a partir da das amostras coletadas pelas
missões Apolo, tornando possível analisar a composição química do nosso
satélite através do uso de fotografias terrestres.
Anos mais tarde, em passagem pela Lua, a sonda Galileu enviou diversas imagens de alta resolução, revelando com detalhes extraordinários a composição química do solo lunar.
Anos mais tarde, em passagem pela Lua, a sonda Galileu enviou diversas imagens de alta resolução, revelando com detalhes extraordinários a composição química do solo lunar.
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