O
Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realizou na última quarta-feira, às 9h,
audiência pública sobre irregularidades praticadas por flanelinhas no Recife. A
prefeitura pretende firmar parceria com as polícias civil e militar para
cadastrá-los e contribuir com as investigações. Na última audiência, não houve
acordo entre a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e a Polícia
Militar (PM).
Para
tentar por fim às irregularidades em áreas destinadas a estacionamentos
públicos no Recife, a prefeitura pretende fazer o cadastramento e monitoramento
dos flanelinhas. O secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga,
afirmou que os guardadores envolvidos em crimes de extorsão serão retirados das
ruas.
A
proposta, que pode ser implementada em 2015, deve ser apresentada nesta
audiência por exigência do MPPE. A reunião foi convocada após a CTTU e PM não
chegarem a um acordo sobre a responsabilidade de cada órgão no combate às
irregularidades nas ruas do Recife. No primeiro encontro, em 3 de novembro, a
presidente da CTTU, Taciana Ferreira, afirmou que a fiscalização não cabe aos
guardas de trânsito. Já a PM, alegou que só pode atuar quando há flagrante de
extorsão.
Desta
vez, além dos órgãos, a promotora de Defesa da Cidadania da Capital, Áurea
Roseane Vieira, convocou representantes da Polícia Civil, do BPTran, e os
secretários João Braga e Murilo Cavalcanti, de Segurança Urbana.
O
MPPE e a Polícia Civil investigam denúncias de supostos esquemas entre
flanelinhas e guardas em áreas de Zona Azul. Um mapeamento, produzido ao longo
dos últimos três anos, apontou ruas do Centro onde as irregularidades estariam
sendo praticadas. Apesar disso, a Corregedoria da Guarda Municipal encaminhou
ofício ao MPPE informando que não está apurando nenhum caso.
Na
Rua Gervásio Pires e na Avenida Martins de Barros veículos estacionados em área
de Zona Azul, sem uso do talão, não seriam multados pelos guardas da CTTU -
desde que negociassem pagamento aos flanelinhas.
Segundo
Braga, o assunto está em discussão com as polícias Civil e Militar e a Guarda
Municipal para que esses órgãos deem apoio nas investigações e possam coibir as
práticas criminosas. “Temos que separar os flanelinhas daqueles que são
aventureiros e querem extorquir. É preciso regras na cidade”, disse.
Comandante
do 16º Batalhão da PM, tenente-coronel Jailton Pereira afirmou que cadastros
com flanelinhas já são realizados em algumas ruas do centro, quando há eventos,
como corridas aos domingos, por exemplo. “Fizemos isso depois que alguns carros
foram arrombados. Chamamos os guardadores para saber quem estará trabalhando
naquele dia e dizemos que vamos responsabilizá-los caso aconteçam problemas”,
explicou o oficial.
Pereira
destacou ainda que, na audiência do MPPE, é preciso discutir a necessidade de
os guardadores apresentarem identificação de que trabalham em determinadas
áreas, pois isso facilitará a fiscalização. Outra questão, segundo ele, é a
necessidade de apoio da população. “As pessoas denunciam, mas não querem ir à
delegacia prestar depoimento. Assim, a investigação não é possível.”
Já
a CTTU estuda a possibilidade de acabar com o Zona Azul no formato de papel,
evitando que o flanelinha inflacione o valor, que hoje custa R$ 1.
Essa não é a primeira vez que o Recife tenta cadastrar flanelinhas. Em 1996, o então secretário de Segurança Pública do estado, Antônio Morais, anunciou a medida. Em 2011, na gestão do prefeito João da Costa, foi anunciado cadastro e até a ideia de terceirizar o gerenciamento da Zona Azul. Em ambos os casos, os levantamentos não avançaram.
Fonte-DP
Essa não é a primeira vez que o Recife tenta cadastrar flanelinhas. Em 1996, o então secretário de Segurança Pública do estado, Antônio Morais, anunciou a medida. Em 2011, na gestão do prefeito João da Costa, foi anunciado cadastro e até a ideia de terceirizar o gerenciamento da Zona Azul. Em ambos os casos, os levantamentos não avançaram.
Fonte-DP
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