Depois
de três décadas, pesquisadores acharam um tratamento que melhora o prognóstico
para pessoas que tiveram os piores tipos de derrame. Ao remover diretamente
grandes coágulos de sangue que bloqueiam os vasos sanguíneos no cérebro, eles
podem salvar o tecido cerebral que de outra forma morreria, permitindo que
muitos voltem a ter uma vida independente.
Conduzido
por pesquisadores na Holanda, o estudo foi publicado online, na última
quarta-feira, 17, no New England Journal of Medicine. Os pesquisadores suspeitam que uma das razões
para o sucesso do tratamento é o uso de um novo tipo de “armadilha” para pegar
os coágulos. O stent, que é basicamente uma gaiola de arame pequena que fica na
extremidade de um cateter, é inserido na virilha e introduzido até uma artéria
do cérebro. Quando a ponta do cateter atinge o coágulo, o stent é aberto e
empurrado para dentro do coágulo, o que permite que o médico retire o cateter e
o stent com o coágulo junto.
Cerca
de 630 mil americanos têm derrames a cada ano, ocasionados por coágulos que
bloqueiam os vasos sanguíneos do cérebro. De um terço a metade dos casos, o
coágulo se encontra em um vaso sanguíneo grande, o que potencializa as
sequelas. O remédio tPA funciona para os casos de coágulos menores, que são
dissolvidos pela droga. Até agora nenhum tratamento tinha funcionado para quem
tinha coágulos grandes.
O
novo estudo foi feito com 500 pacientes que tiveram derrames. Um a cada cinco
que usaram apenas o tPA se recuperaram o suficiente para voltar a ter uma vida
independente. Mas um a cada três casos que também tiveram o coágulo removido
diretamente foram capazes de voltar a ter uma vida independente logo depois do
derrame.
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