domingo, 20 de julho de 2014

O marca-passo biológico

Criar o próprio marca-passo está mais perto de se tornar realidade. Em um experimento pioneiro em porcos, um gene foi injetado em células cardíacas e as transformou em “células de marca-passo”. O “marca-passo biológico é capaz de curar uma doença”, dizem os especialistas do Instituto do Coração Cedars-Sinai de Los Angeles, nos Estados Unidos.
A Fundação Britãnica do Coração anunciou que ainda há um longo caminho para que a pesquisa, publicada na “Science Translational Medicine”, seja aplicada em casos reais.
Os pesquisadores injetaram um gene em porcos que sofriam de um problema no coração que causava uma batida muito lenta. A terapia genética então transformou algumas das bilhões de células cardíacas em outras que mantiveram o coração batendo no ritmo durante duas semanas, assumindo a função de marca-passo.
— Pela primeira vez fomos capazes de criar um marca-passo biológico usando métodos minimamente invasivos e mostrar que isso pode aguentar as demandas da vida — disse à BBC Eduardo Marban, principal autor do estudo. — Nós também fomos os primeiros a reprogramar uma célula do coração em um animal vivo para efetivamente curar uma doença.
Marca-passos convencionais são dispositivos eletrônicos que são implantados no peito para controlar batidas anormais do coração. O aparelho manda pulsos elétricos regulares para manter o coração estável. Agora, os cientistas tentam criar marca-passos biológicos para substituí-los de maneira permanente.





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