Entre
os aviões que decolaram nesta semana no Farnborough Air Show, na Grã-Bretanha,
um dos menores – e certamente o mais silencioso – foi um de dois assentos
movido inteiramente por um par de motores elétricos. Embora alguns aviões
elétricos tenham sido fabricados nos EUA, China e Europa, a aviação elétrica
não evoluiu muito.
O
que faz esse avião elétrico em particular se destacar é o fato de que ele foi
feito pelo grupo Airbus. A gigante da aviação europeia leva bastante a sério os
aviões elétricos, a ponto de ter criado uma subsidiária chamada Voltair para
fabricar aviões elétricos em Bordeaux, França.
O
Airbus E-Fan que voou em Farnborough é feito em grande parte de materiais
compósitos leves. Uma série de baterias de íon de lítio, similares àquelas
utilizadas em carros elétricos, são armazenadas ao longo dos 9,5 metros de suas
asas. Os motores elétricos movem um par de hélices canalizadas instaladas em
ambos os lados da fuselagem traseira.
O
E-Fan tem uma velocidade máxima de 160 km/h e uma duração de voo de 45 minutos.
Engenheiros da Airbus acham que baterias mais potente poderiam estendê-lo para
75 minutos. Isso ainda não é muito, mas é o bastante para uma aula de voo.
Uma
grande diferença, no entanto, seriam os custos operacionais. Esses são
estimados em um terço dos de um avião convencional. Recarregar as baterias – o que
leva cerca de uma hora e meia com uma unidade de solo especial – é mais barato
do que encher os tanques com gasolina (e, a depender da fonte da energia, menos
poluente também). Mas a grande redução de custos operacionais viria da redução
de serviços, já que sistemas movidos a eletricidade têm muito menos peças
móveis que motores de pistão.
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