A
Agência Espacial Europeia está monitorando a estação espacial chinesa
Tiangong-1, que irá cair na Terra no início do próximo ano, e conseguiu já
delimitar a área do planeta onde poderá cair: a maior parte da estação deverá
ser consumida na reentrada na atmosfera, mas as partes que sobreviverem deverão
cair numa faixa entre as latitudes 43ºN e 43ºS.
"De
acordo com a geometria da órbita da estação, podemos já excluir a possibilidade
de que qualquer fragmento caia a norte de 43ºN ou sul de 43ºS", diz Holger
Krag, chefe da divisão de lixo espacial da Agência Espacial Europeia (ESA).
É
uma gigante faixa da Terra, que contém a maior parte dos continentes habitados,
incluindo, por exemplo, a Europa. "A data, hora e posição geográfica da
reentrada pode ser prevista apenas com grandes incertezas. Até mesmo pouco
tempo antes da reentrada, só poderemos estimar uma enorme janela temporal e
geográfica", admite Holger Krag.
A
ESA vai fazer parte da operação para monitorizar a reentrada da estação na
atmosfera, conduzida por uma agência internacional, a IADC, com o apoio das
agências norte-americana, russa e japonesa, entre outras.
A
Tiangong-1 tem 12 metros de comprimentos, um diâmetro de 3,3 metros e uma massa
de 8506 kg. Atualmente está a 300 km de altitude, numa órbita que vai levar à
sua queda entre janeiro e março de 2018, uma reentrada sobre a qual não neste no
momento quaisquer hipóteses de controlo. Além disso, devido aos materiais
usados, é provável que parte da estação resista à reentrada e atinja a superfície.
"Isto
significa que a reentrada pode acontecer sobre qualquer ponto da Terra entre as
latitudes [43ºN e 43ºS], o que inclui vários países europeus, por
exemplo", diz Krag.
Há
uma estatística positiva, no entanto, não já qualquer registo de uma pessoa ter
sido ferida por lixo espacial na história da exploração espacial, lembra a ESA.
Fonte-dn
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