Um astrônomo brasileiro encontrou, em
meio a mais de 200 bilhões de estrelas da Via Láctea, um astro com pelo menos
cem vezes a massa do nosso Sol. Além disso, a estrela rara parece ter sido
"expulsa" da região em que se formou, estando agora isolada a cerca
de 25 mil anos-luz da Terra.
Apesar de grande, ela é nova em termos
galácticos: tem apenas 1 milhão de anos. Sua vida, porém, será curta, uma vez
que quanto maior uma estrela, mais rápido ela consome o combustível de seu
núcleo. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O autor da descoberta é o pesquisador
brasileiro da Universidade de La Serena no Chile, Alexandre Roman Lopes. Ele é
especialista em encontrar esses gigantes espaciais. "É como encontrar um
grão de areia especial no meio de uma praia inteira", explica ao jornal.
Batizada de WR42e, a estrela descoberta
provavelmente possui elementos químicos essenciais à formação e desenvolvimento
da vida como a conhecemos. E, na explosão que marca a morte das grandes
estrelas, eles deverão se espalhar pelo espaço. Por isso, segundo o astrônomo,
a descoberta pode ajudar no entendimento de como se dá a evolução da nossa
própria galáxia.