Em
um trabalho conjunto, biólogos e matemáticos reconstruíram o compasso interno
que as borboletas monarcas (Danaus plexippus) utilizam em seu processo de
migração do Canadá para o México nos meses de inverno. Os resultados foram
publicados na revista Cell Reports.
O
processo, até então, era um mistério. As monarcas são as únicas espécies de
insetos que migram para fugir da estação mais fria, enquanto as outras espécies
hibernam.
“Descobrimos
que as indicações dependem quase totalmente do Sol”, afirmou o chefe da
pesquisa, Eli Shlizerman, da Universidade de Washington. “Uma é a posição
horizontal do Sol e a outra é o acompanhamento da hora do dia. Isso dá (ao
inseto) um compasso solar interno para viajar rumo ao sul durante o dia.” Ele
disse ainda que o objetivo é saber como sistemas neurobiológicos são conectados
e quais regras podemos aprender a partir deles.
Outro
objetivo da equipe é construir uma borboleta robótica que poderia seguir os
insetos e rastrear todo o processo de migração. “É uma aplicação interessante,
que poderia seguir as borboletas e até ajudar na preservação delas. Esses
insetos vêm decrescendo de número na natureza, e queremos mantê-los conosco por
muito tempo”, disse Shlizerman.
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