Nos
países do mundo desenvolvido, a energia solar está fazendo grandes progressos.
Em vez dos painéis fotovoltaicos populares na Alemanha, os países onde a
radiação solar é bem mais forte do que no norte da Europa estão construindo
grandes parques com milhares de painéis de PVC flexíveis que fornecem energia
para suas redes de energia elétrica. Alguns países, como a China, oferecem
subsídios generosos, embora às vezes com anos de atraso, à construção desses
painéis. Mas em outros países os painéis solares de PVC estão ficando
competitivos mesmo sem o apoio financeiro.
Em
2015, a China superou a Alemanha como o maior produtor de energia solar do
mundo, beneficiando-se de sua liderança na fabricação de painéis solares
fotovoltaicos e de políticas para reduzir a dependência de combustíveis
fósseis, como o carvão. A energia solar é responsável por apenas 3% do
fornecimento de energia elétrica, mas agora a China está construindo sua maior
fábrica no deserto de Gobi. Segundo analistas, o país deve instalar 12
gigawatts (GW) de energia solar no primeiro semestre deste ano. Essa quantidade
de energia representaria mais de um terço dos planos de investimento em energia
solar dos Estados Unidos para o ano inteiro. Nesse ínterim, o consumo e a
produção de carvão diminuíram no país.
A
Índia está decidida a manter seu programa de expansão de energia solar. O
governo tem planos de aumentar a capacidade de fornecimento de energia em 2022
para 100 GW, vinte vezes mais do que a capacidade atual. Apesar de ser uma
expectativa extremamente ambiciosa, de acordo com a empresa de consultoria KPMG
o fornecimento de energia solar na Índia aumentará para 12,5% em 2025, em
comparação com menos de 1% no fornecimento atual. Segundo a KPMG, a produção de
energia solar na Índia superará a geração de energia das usinas termelétricas a
carvão em 2020. Até mesmo a empresa em grande parte estatal Coal India pretende
usar 1 GW de energia solar para cortar os custos. Agora, as autoridades da
região ensolarada de Punjab estão pressionando os fazendeiros a arrendarem suas
terras para serem exploradas por empresas de energia solar, em vez de as
cultivarem.
Os
grandes projetos nesses dois países aumentaram a capacidade de fornecimento
mundial de energia solar para 26% no ano passado. Ainda mais importante foi a
redução do seu custo. Os estudos sobre os custos nivelados de energia (LCOE),
que calculam o valor presente líquido (VPL) de um sistema de produção de
energia dividido pela expectativa de produção ao longo do tempo, mostram que o
custo da energia solar aproxima-se do valor de geração de energia elétrica a
gás e a carvão como uma fonte energética barata. Os leilões dos contratos de
longo prazo para fornecimento de energia solar em países em desenvolvimento
como África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Peru e México demonstram que esses
índices de custos podem ser conservadores.
Em
lugares ensolarados a energia solar equipara-se à geração de energia a gás, a
carvão e à energia eólica, disse Cédric Philibert da Agência Internacional de
Energia (AIE). Segundo Philibert, desde novembro de 2014, quando Dubai aprovou
um projeto para construção de uma usina de energia solar com a capacidade de
200 MW por menos de US$60 por megawatt-hora (MWh), os leilões estão cada vez
mais competitivos.
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