O WhatsApp deixará de cobrar a anualidade de US$ 1, afirmou nesta segunda-feira 18/01 um dos criadores e presidente-executivo do aplicativo, Jan Koum, durante a conferência Digital-Life-Design (DLD), em Munique, na Alemanha. "Estamos felizes de anunciar que o WhatsApp não irá mais cobrar taxa de assinatura." O ucraniano aproveitou para anunciar também que o serviço de mensagem chegou a 990 milhões de usuários em todo o mundo, há dois anos, no mesmo evento, Koum anunciava que o app atingia a marca de 430 milhões. Até agora, o download do WhatsApp é gratuito, mas seu uso é pago. Os usuários têm de desembolsar US$ 1 para arcar com a anualidade, gratuita no primeiro ano. "Conforme crescemos, descobrimos que essa abordagem não funcionou bem. Muitos usuários do WhatsApp não têm cartão de débito ou crédito e ficavam preocupados em perder acesso a seus amigos e família após seu primeiro ano", disse Koum. "Nós não queremos que ninguém tenha sua comunicação cortada por causa de um problema de cartão de crédito."
Sem reembolso
As
cobranças cessarão imediatamente, mas as ferramentas de pagamento poderão
demorar algumas semanas para serem removidas de todas as versões do aplicativo.
No Brasil, os anúncios do serviço para Android, iOS e Windows Phone ainda
exibiam a informação sobre a anualidade. Segundo o site “Re/Code”, o WhatsApp
não reembolsará as pessoas que já fizeram os pagamentos.
Planos
de ganhar dinheiro
Koum
afirmou que o app continuará evitando publicidade e spam, mas buscará um modelo
de negócio para conectar pessoas e negócios. “Começando este ano, nós iremos
testar ferramentas que permitam usar o WhatsApp para se comunicar com empresas
e organizações”, explicou. E deu exemplos: “Isso pode significar falar com seus
banco sobre se uma transação recente é fraudulenta ou com uma empresa aérea
sobre um voo atrasado”. “Nós todos recebemos essas mensagens em qualquer lugar
hoje – por meio de mensagens e ligações –, então queremos testar novas
ferramentas para que isso seja mais fácil de fazer pelo WhatsApp”, disse Koum.
Perto
de 1 bilhão
Koum
esperava anunciar em Munique que o WhatsApp chegou a 1 bilhão de usuários. Teve
de se contentar com 990 milhões. "Por um lado, esse é um número
enorme", afirmou o executivo à revista "Wired". "Por outro
lado, é um pouco embaraçoso. Nós ficamos longe só por 10 milhões." O
aplicativo de bate-papo foi vendido para o Facebook no começou de 2014 em uma
transação fechada por US$ 22 bilhões. Na época, o presidente-executivo da rede
social, Mark Zuckerberg, afirmou que o chat era a única ferramenta, além de seu
site, que tinha potencial para bater a marca bilionária. No ano passado, o
Facebook, que já tem 1,5 bilhão de usuários, anunciou ser acessado diariamente
por 1 bilhão deles. Com o WhatsApp, no entanto, ainda não foi dessa vez, Mark.
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