Após quase 17 anos sem apresentar aumento de valores cobrados, o Detran-PE começou 2016 reajustando as taxas para todos os serviços. A elevação, segundo a presidência do órgão, acompanhou justamente a inflação em 2015, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que terminou o ano com um avanço médio de 10,28%, conforme as estatísticas do Banco Central (BC). Com isso, novos condutores e motoristas veteranos devem ficar atentos aos novos preços.
A correção nas taxas foi aprovada
após a apresentação do Projeto de Lei nº 15.602, de 30 de setembro de 2015,
enviado à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pelo governador Paulo
Câmara. Essas mudanças pegaram carona no pacote anticrise, de aumento de
impostos para elevar a arrecadação estadual, anunciado no ano passado pelo
Governo do Estado. Aprovado na Alepe, a nova lei foi publicada no Diário
Oficial do Estado (DOU) no dia 1º de outubro, passando a vigorar no dia 1º de
janeiro deste ano. A lista completa dos novos valores dos serviços está
disponível no site do Detran-PE.
Pela nova tabela, todos os valores de
cerca de 75 taxas foram modificados, com alguns sofrendo aumento e outros
apresentando redução de preços. Em torno de 22 taxas de serviços que eram
gratuitos agora são pagos. Um deles é a vistoria para transferência veicular
(nome do novo proprietário e endereço), que antes não era cobrada agora terá
valor fixo, igual à vistoria comum, de R$ 43,44. Somente na unidade do
Detran-PE da Iputinga, de acordo com Ribeiro, são vistoriado 700 automóveis por
dia.
A aplicação do IPC, no entanto, não
foi levada à risca em alguns casos, como no da Carteira Nacional de Habilitação
(CNH). Antes do aumento, o custo para tirar a CNH, levando-se em conta o agendamento,
captação de imagem, biometria e exames oftalmológico, psicotécnico, teórico e
prático, além da impressão, era de R$ 230. Com o reajuste, agora o valor é de
R$ 299. Mas poderia chegar até R$ 400, de acordo com Charles Ribeiro,
presidente de Detran-PE. “Se usássemos a base de cálculo do IPC para a
habilitação, teríamos que cobrar mais de R$ 400. Avaliamos alguns serviços de
interesse da população para ficarem mais baratos ou ter um reajuste menor”,
explicou.
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