O
estado de Pernambuco decretou neste domingo, 29/11, estado de emergência por
causa do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, do vírus zika e da
chicungunya.
A
decisão foi tomada após o Ministério da Saúde após confirmar a relação entre um
surto de microcefalia e o vírus zika na gravidez. O zika também está sendo
associado a uma doença autoimune que pode causar paralisia, chamada síndrome de
Guillain-Barré.
Embora
os casos ainda estejam concentrados no Nordeste, estados de outras regiões do
país já estão se preparando para enfrentar um possível aumento do número de
bebês com microcefalia.
São
Paulo, por exemplo, passará a oferecer teste para zika no SUS. Em entrevista ao
jornal Folha de S.Paulo, o infectologista David Uip, secretário de Saúde do
estado de São Paulo, diz que “a situação é extremamente grave. Os casos de zika
estão concentrados no Nordeste, mas nada garante que será diferente por aqui.
Não há fronteiras para o mosquito”.
Uip
comparou a gravidade da situação atual com a enfrentada na década de 1980, com
o início da epidemia de Aids: “É como foi na Aids. Não sabíamos nada sobre o
vírus, fomos aprendendo no dia a dia. O zika é diferente de tudo o que vimos
até hoje”.
Em
Salvador, na Bahia, haverá no próximo final de semana um mutirão de exames em
bebês com microcefalia para avaliar a extensão das lesões no cérebro.
Especialistas
alertam que está sendo muito comuns as lesões cerebrais só aparecerem no
ultrassom após a 26ª semana de gestação.
Fonte-opinião
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