O
telescópio espacial WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer), que observa o
Universo no infravermelho, descobriu a galáxia mais quente que se conhece.
A
galáxia revela o calor em seu interior com um brilho na faixa do infravermelho
equivalente a 300 trilhões de sóis.
"Nós
estamos olhando para uma fase muito intensa da evolução galáctica," disse
Chao-Wei Tsai, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, líder da equipe.
"Essa luz deslumbrante pode vir do maior surto de crescimento no tamanho
do buraco negro da galáxia."
A
galáxia quente por enquanto atende pelo complicado nome de WISE
J224607.57-052635.0.
Buracos
negros supermassivos crescem capturando gás e matéria em um disco ao seu redor.
Conforme esse material é sugado pelo buraco negro, esse material aquece a
temperaturas de milhões de graus, liberando radiação na faixa do visível,
ultravioleta e raios X.
Essa
radiação incide sobre a poeira interestelar ao redor e, à medida que a poeira
se aquece, ela irradia luz em comprimentos de onda maiores, a luz
infravermelha, indicando o calor escaldante no núcleo galáctico.
Esta
explicação, porém, traz seus próprios problemas, uma vez que não se imaginava
ter sido possível a existência de um buraco negro deste tamanho apenas 1,3
bilhão de anos após o Big Bang - a galáxia está a 12,5 bilhões de anos-luz de
nós, enquanto se calcula o Big Bang há 13,8 bilhões de anos.
O
observatório WISE já encontrou cerca de 20 dessas galáxias superquentes, que os
astrônomos estão chamando de ELIRGs, sigla em inglês para extremely luminous
infrared galaxies, ou galáxias extremamente luminosas no infravermelho.
Na
verdade, 99% da luz emitida pela galáxia superquente é infravermelho, o que
explica porque outros telescópios não haviam conseguido detectá-la - o WISE
varre o céu inteiro observando em infravermelho com alta sensibilidade.
Fonte-it
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