Depois
do reajuste na gasolina, na energia elétrica e no gás de cozinha, a conta de
água em Pernambuco também sofrerá aumento a partir desta sexta-feira (20), às
vésperas da comemoração do Dia Mundial da Água. No Estado, 6,9 milhões de
consumidores serão atingidos pelo acréscimo de 8,35% na fatura da Compesa. A
companhia atribui o incremento à elevação da energia elétrica no País.
O
reajuste foi autorizado em fevereiro pela Agência de Regulação de Pernambuco
(Arpe) para recompor o encarecimento da energia elétrica.
Apesar
da liminar do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) determinando a redução de
10% na conta de água, alegando má qualidade do produto oferecido, o reajuste
entrará em vigor.
Segundo
o diretor de Gestão Corporativa da Compesa, Décio Padilha, a liminar não afeta
o reajuste, porque a alteração foi determinada pela Arpe.
Na
ponta do lápis, a taxa mínima passará de R$ 30 (por 10m³) para R$ 32,51 (por
10m³). Já a tarifa social aumentará de R$ 6,96 para R$ 7,54.
“A
inflação e o aumento na energia elétrica do ano passado são os principais
fatores para a elevação. Se não fosse o aumento de energia, o acréscimo estaria
na casa de 6,78%”, explicou Padilha. Justificando o reajuste na fatura, o
diretor da Compesa pormenorizou os gastos da companhia.
Em
primeiro lugar, de acordo com Padilha, vem a despesa com empresas
terceirizadas, que equivale a R$ 443,7 milhões ao ano. O gasto com os 3.281 funcionários soma, anualmente,
R$ 323 milhões. Já a conta de energia fica na casa dos R$ 160 milhões, ao ano. Com a alteração na conta de energia, o acréscimo
foi de 38% na fatura.
“A
gente sofre mais do que o cidadão, porque a energia tem um peso muito grande na
nossa produção”, explicou Décio Padilha.
A
última revisão tarifária da Compesa ocorreu em 2012. O processo é diferente do
reajuste, em que normalmente se aplica a inflação do segmento de atuação da
companhia. Pela revisão, todas as tarifas cobradas pela empresa sofrem um
acréscimo para que seja possível fazer frente a todos os gastos, da folha
salarial aos investimentos em infraestrutura, passando pela compra de
materiais.
A
maioria dos clientes da companhia são consumidores residenciais, que
correspondem a 76% do total. Em seguida, estão clientes comerciais (12%) e industriais (4%).
Fonte-uol
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