A
ideia de telemedicina – assistência médica dada através do uso de
telecomunicação – não é recente. A capa da revista americana Radia News já
mostrava, em 1924, a imagem de um paciente consultando seu médico através de
uma ligação televisiva. Quando a NASA começou a monitorar seus astronautas no
espaço nos anos 60, a fantasia se tornou realidade, e vem sendo alardeada como
o futuro da saúde desde então.
Telemedicina
é mais do que médico e paciente conversando por Skype, diz Michael Young, que
trabalha com assistência remota para a Universidade da Carolina do Norte. A
tecnologia pode parecer a mesma, mas há uma necessidade maior de segurança e
privacidade. No início desse ano, o FBI alertou consultórios sobre as falhas
nos seus sistemas de segurança virtuais. Versões eletrônicas de documentos
sensíveis, como raios X ou receitas médicas, precisam ser mantidas tão seguras
quanto suas versões no papel. E isso é difícil quando elas estão flutuando no
éter virtual. Em agosto um dos maiores grupos de hospitais dos Estados Unidos
disse que hackers chineses tinham tido acesso às informações de 4,5 milhões dos
seus pacientes.
Em
Israel, o sistema de saúde foi completamente digitalizado: todos os médicos
usam registros eletrônicos, e pacientes têm acesso às suas informações. Pode-se
usar a internet para renovar receitas e indicar pacientes a especialistas.
A
China vem gastando bilhões para renovar o seu sistema de saúde, e o foco é na
telemedicina. Mas interesse não quer dizer sucesso. A telemedicina pode até
aumentar custos, se ela for simplesmente acrescentada às velhas rotinas ao
invés de substituí-las.
Nenhum comentário:
Postar um comentário