Uma
empresa britânica chamada Surrey Nanosystems diz ter criado um novo material
que consegue ser “mais preto que o preto”. Feito de nanotubos de carbono, ele é
capaz de absorver 99,96% da luz incidente, criando um aspecto esquisito aos
olhos humanos.
Ao
The Independent, a empresa diz que o material, chamado de Vantablack, pode ser
usado em telescópios espaciais, onde a reflexão de luz deve ser mínima para
evitar a interferência na imagem. Atualmente é usada tinta preta para isso, que
não tem os mesmos resultados impressionantes. A possibilidade de aplicá-lo em
um vestido, por exemplo, é citada na matéria, mas é rechaçada por dois motivos:
preço e o fato de que a vestimenta se tornaria apenas uma mancha preta se
movimentando.
Isso
porque, graças ao baixíssimo índice de reflexão da luz, o olho humano não
consegue entender muito bem o que está enxergando. Formas e contornos se perdem
completamente, por causa do retorno quase nulo de luminosidade. Assim, no
exemplo do vestido, a pessoa usando a peça ficaria parecendo uma cabeça e
membros flutuando sem um corpo muito definido em uma mancha preta em forma de
vestido.
O
professor de ciência das cores Stephen Westland, da Universidade de Leeds, se
impressiona com o feito dos cientistas da Surrey Nanosystems. “A menos que você
tenha visto um buraco negro, ninguém nunca viu algo que não reflita a luz.
Estes novos materiais são basicamente o mais perto do preto como ausência total
de luminosidade que podemos chegar. É o mais perto de um buraco negro que
conseguimos imaginar”, afirma ao The Independent.
A empresa
diz que há outra vantagem do Vantablack em relação a outros materiais
semelhantes é que ele pode ser aplicado em superfícies a frio, sem necessidade
de aquecimento. Assim, é possível utilizar a técnica em objetos que derreteriam
quando aquecidos, aumentando sua versatilidade.
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