Na última segunda-feira, 19, o
Facebook comprou o WhatsApp por um total US$ 16 bilhões, valor que pode chegar
a US$ 19 bilhões com o pagamento de ações. É o maior valor pago por uma empresa
de tecnologia para adquirir um aplicativo. O preço da compra surpreendeu até
mesmo os veteranos do Vale do Silício, acostumados à disputa pelo domínio do
mercado de comunicações na internet.
Contudo uma análise mais profunda
mostra que Mark Zuckerberg, dono do Facebook, tem uma estratégia clara por trás
da dispendiosa compra.
Em primeiro lugar, aplicativos de
mensagens instantâneas se espalham cada vez mais rápido entre usuários de
smartphones. O próprio Zuckerberg anunciou que o WhatsApp tem atualmente 450
milhões de usuários no mundo. O aplicativo atingiu essa marca muito mais rápido
que outras redes sociais, como Twitter e Facebook (veja o gráfico abaixo).
Ele também tem o poder de “viciar
usuários”: 72% deles dizem estarem online no aplicativo todos os dias. Além
disso, a natureza viral do WhatsApp fez com que ele ganhasse notoriedade sem
gastar nenhum centavo com publicidade.
Outro fator importante é o baixo
custo para manter o aplicativo. A ascensão da computação em nuvem permitiu a
empresas iniciantes ampliar de forma vasta e barata suas capacidades de
processamento. O WhatsApp, por exemplo, tem apenas 32 engenheiros de software.
Em média, cada um deles é responsável por 14 milhões usuários.
O sucesso do WhatsApp reflete em
vários aspectos a mesma fórmula do sucesso do Facebook, que apareceu de repente
e dominou o universo das redes sociais. Contudo, pesquisas sugerem que o
Facebook tem perdido o interesse dos usuários, especialmente entre os mais
jovens. Talvez esse seja o motivo pelo qual Zuckerberg desembolsou uma quantia
exorbitante para adquirir um aplicativo que pode vir a ofuscar sua própria
criação. O valor pago pelo WhatsApp faz sentido, contanto que ele continue a
aumentar o número de usuários em 1 milhão por dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário