O
ministério da Saúde determinou nesta quinta-feira, 8, medidas de segurança
hospitalar para todo o país. A medida foi tomada após uma superbactéria ser
encontrada em cinco pacientes de um hospital no Rio Grande do Sul.
Os
casos ocorreram no ano passado, mas só agora foram divulgados. Dos cinco
pacientes, apenas um apresentou infecção, mas já recebeu alta. “Em função da
identificação desse tipo de bactéria no Brasil aquelas recomendações de rotina
de controle de infecção têm que ser reforçadas em todo Brasil”, disse o
ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Segundo
os médicos a superbactéria se desenvolve em pacientes internados que passam por
longos tratamentos com antibióticos. Apesar de potentes os medicamentos não
eliminam todos os microorganismos e aqueles que sobrevivem se tornam mais
resistentes.
A
superbactéria encontrada nos pacientes pertencia a um grupo que nunca havia
sido encontrado no país. Conhecida como NDM-1, a superbactéria apareceu pela
primeira vez na Índia, em 2009, seguindo para Inglaterra, Estados Unidos e
Canadá. Ano passado, casos da NDM-1 foram registrados na Argentina, Uruguai,
Venezuela e Paraguai. Este ano, a superbactéria foi encontrada no Brasil.
Segundo
os médicos, o abuso de antibióticos contribui para o aparecimento de bactérias
mais resistentes. “A prescrição não racional, inadequada, de antimicrobianos,
também é um forte vetor para induzir a resistência bacteriana”, diz o professor
de epidemologia Ricardo Kuchenbecker.
O
médico Luís Fernando Correia diz que lavar as mãos é a principal medida para
evitar a transmissão. “A principal medida de controle hospitalar é lavar as
mãos. Por incrível que pareça, esse ato simples é a maior barreira de
transmissão de uma bactéria de um paciente para outro”, diz o médico.
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