quarta-feira, 29 de maio de 2013

Nanotecnologia e células-tronco: construção de órgãos em laboratório

Encontrar a fórmula para reconstruir órgãos do corpo humano. É com este objetivo que um grupo de pesquisadores gaúchos está trabalhando em uma técnica inovadora a partir do uso de células-tronco. O estudo já apresenta resultados surpreendentes e, pode, no futuro, ser uma esperança para quem sofre com doenças como câncer ou com lesões na medula.
Inédita, a pesquisa é desenvolvida no Laboratório de Hematologia e Células-Tronco da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Basicamente, o estudo une conhecimentos de nanotecnologia para desenvolver um novo material que servirá de suporte para a produção de tecidos e para o crescimento de células-tronco em tecidos lesionados.
“O que foi o Frankestein? Nada mais do que um transplante múltiplo de órgãos. O que nós fazemos hoje? Hoje é bastante frequente nós fazermos transplante múltiplo de órgãos, só que nós precisamos de um doador desses órgãos. O que nós esperamos é que no futuro, quem sabe, nós possamos então construir esses órgãos em laboratório ou pelo menos parte desses órgãos”, explica a professora Patrícia Pranke, coordenadora do laboratório.
Os pesquisadores já reconstruíram um pedaço da laringe de cobaias, usando células-tronco e aplicando conhecimentos da chamada Engenharia de Tecidos, ou seja, a construção de um tecido ou órgão vivo. A parte da laringe das cobaias que foi substituída chama-se cartilagem tireoide, que nos humanos pode ser destruída pelo câncer, por exemplo.

“A cartilagem não cresce. Então, por ser um tecido de difícil regeneração, nós estamos mostrando que essa técnica é viável, bem viável, para em um futuro próximo ser utilizada em humanos”, afirma o professor Geraldo Pereira Jotz, chefe do Departamento de Ciências Morfológicas.

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