Encontrar
a fórmula para reconstruir órgãos do corpo humano. É com este objetivo que um
grupo de pesquisadores gaúchos está trabalhando em uma técnica inovadora a
partir do uso de células-tronco. O estudo já apresenta resultados
surpreendentes e, pode, no futuro, ser uma esperança para quem sofre com
doenças como câncer ou com lesões na medula.
Inédita,
a pesquisa é desenvolvida no Laboratório de Hematologia e Células-Tronco da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Basicamente, o estudo une
conhecimentos de nanotecnologia para desenvolver um novo material que servirá
de suporte para a produção de tecidos e para o crescimento de células-tronco em
tecidos lesionados.
“O
que foi o Frankestein? Nada mais do que um transplante múltiplo de órgãos. O
que nós fazemos hoje? Hoje é bastante frequente nós fazermos transplante
múltiplo de órgãos, só que nós precisamos de um doador desses órgãos. O que nós
esperamos é que no futuro, quem sabe, nós possamos então construir esses órgãos
em laboratório ou pelo menos parte desses órgãos”, explica a professora
Patrícia Pranke, coordenadora do laboratório.
Os
pesquisadores já reconstruíram um pedaço da laringe de cobaias, usando
células-tronco e aplicando conhecimentos da chamada Engenharia de Tecidos, ou
seja, a construção de um tecido ou órgão vivo. A parte da laringe das cobaias
que foi substituída chama-se cartilagem tireoide, que nos humanos pode ser
destruída pelo câncer, por exemplo.
“A
cartilagem não cresce. Então, por ser um tecido de difícil regeneração, nós
estamos mostrando que essa técnica é viável, bem viável, para em um futuro
próximo ser utilizada em humanos”, afirma o professor Geraldo Pereira Jotz,
chefe do Departamento de Ciências Morfológicas.
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