As estatísticas do desaparecimento de
pessoas no Brasil assustaram o jovem Johnny Hederson, de apenas 19 anos.
“Estava assistindo uma reportagem e me bateu aquela pergunta: Será que existe
um aplicativo para fazer a divulgação rápida já no momento do
desaparecimento?”, diz o paulista, que faz um curso de sistemas da informação.
Foram três dias de pesquisa, diz Hederson, para descobrir que ninguém no Brasil
fazia um serviço do tipo.
Com a ideia em mãos, Hederson se
juntou a outros três sócios para criar o Find People. Enquanto o
jovem paulista mora no Rio de Janeiro, Leandro Neves, Bruno Lira e Daniel
Amaral formam a base da empresa em Maceió.
“Foram três meses de trabalho e
lançamos oficialmente o aplicativo na semana passada”, lembra Hederson. Por
enquanto, o programa funciona com uma base de dados de pessoas desaparecidas já
existente, mas cada usuário que entra pode cadastrar mais gente. “Pedimos
algumas informações sobre a pessoa, como a idade, a data de nascimento, o
último lugar em que foi visto”, explica.
Além disso, enviar uma foto ajuda
bastante no processo. “Nós ligamos para quem não coloca foto para pedir, porque
é importante”, conta o jovem. A equipe do Find People que fica em Maceió recebe
os dados e os checa, para pedir mais informações e perguntar se houve mesmo o
desaparecimento. Segundo a startup, já são 150 pessoas desaparecidas
cadastradas na base.
Para o futuro, Hederson tem grandes
planos para o Find People. Ele conta que a companhia pensa em criar uma
tecnologia de reconhecimento fácil para o “app”. “Quando você vê uma pessoa na
rua, por exemplo, poderá apontar a câmera e o software vai dizer se ela está entre
os desaparecidos”, disse o jovem.
Disponível para iOS (acesse aqui) e
Android, a equipe do Find People já está criando uma versão para
Windows Phone.
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