Disposta a
mudar a forma de medir a opinião pública, nasceu nesta quarta-feira (23) a nova
rede social "Swipp", uma plataforma estruturada em torno de um índice
de valores sobre pessoas, produtos e ideias em que a popularidade varia em
função dos votos dos usuários.
A ambiciosa
proposta do "Swipp" é uma ferramenta democrática global que vai além
dos "trending topics" e o número de seguidores no Twitter e Facebook,
sistemas habitualmente utilizados para conhecer a importância ou a fama de algo
ou alguém.
"Queremos
recolher e mostrar o que todo mundo pensa sobre qualquer tema imaginável",
afirmou à Agência Efe o responsável de marketing e comunicação internacional do
"Swipp", Frederik Hermann.
Esta rede
social, que pretende unir o dinamismo do Twitter e a densidade do Wikipedia,
foi sendo criada durante o último ano e meio com o trabalho de 15 pessoas em
Mountain View, no Vale do Silício californiano, próximo da sede do Google, com
o convencimento de que pode se transformar na próxima revolução na internet.
"Esperamos
alcançar 200 mil usuários em um curto prazo e talvez um milhão em um ano",
comentou Hermann. A partir desta quarta, o "Swipp" está disponível em
5 idiomas através do site "Swipp.com", conta com aplicação nativa
para iPhone e de acesso gratuito com o único requisito de ter conta no
Facebook.
Uma vez
registrado, o usuário será convidado a publicar seu primeiro "swipp",
no qual deverá indicar o tema da mensagem, o que viria a ser a "hashtag"
no Twitter, e poderá acrescentar um comentário.
O
"Swipp" começa a funcionar com mais de 10 milhões de conceitos
registrados e 4 milhões de fotografias em seus servidores, embora os usuários
possam propor novos temas sobre "produtos, pessoas, lugares e
coisas", disse Hermann.
O
diferente neste caso é que além de expressar uma opinião, o usuário poderá
pontuar o grau de conformidade ou inconformidade com o assunto em questão, para
qual há uma barra de votação que varia entre -5 e +5. Essa avaliação será
somada ao resto das outras avaliações gerais no "Swipp", cujo sistema
elabora uma espécie de índice que mede a oscilação da opinião dos usuários com
relação aos temas.
Esta
referência mostra a pontuação média acumulada no "Swipp", a pontuação
média do dia, a tendência da questão (se é de alta ou de baixa) e o número
total de "swipps" emitidos.
O índice
global é feito por lugares, por gênero, e também é possível ver um gráfico
sobre a evolução dessas pontuações. Hermann disse que cada usuário poderá
opinar quantas vezes queira sobre um tema, embora unicamente o último
"swipp" será computado no sistema para evitar distorções e abusos.
Ao
contrário do Facebook e do Twitter, que apesar de seus êxitos demoraram a
encontrar fórmulas para tirar rentabilidade econômica de suas plataformas, o
"Swipp" nasce com um plano de negócio definido que faz concorrência
às consultoras de estudo de opinião.
As marcas
comerciais poderão contratar os serviços do "Swipp" para conhecer com
detalhes o que as pessoas pensam sobre seus produtos e detectar as tendências,
e contarão com ferramentas específicas para tramitar o volume de informação
pública.
Os
criadores do "Swipp", no entanto, querem que a rede social vá além
dos comentários e opiniões, e sirva como fonte de conhecimento para o usuário
através de sua vinculação com o "Freebase", base de dados gratuita e
colaborativa propriedade do Google que se alimenta, entre outros sites, da
Wikipedia.
De olho em
fevereiro, o "Swipp" prepara aplicações especiais para seguir o Super
Bowl, assim como a festa do Oscar, e nos próximos meses tonará público seu
protocolo API para facilitar aos programadores externos o desenvolvimento de
novas aplicações e usos para seu sistema.
Fonte - folha
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