Digamos
que você queira comprar uma mesa. No entanto, você se importa com orangotangos,
povos indígenas e emissões de carbono, de forma que você não quer que ela seja
feita com madeira oriunda de desmatamentos ilegais. Ou digamos que você
administre uma rede de lojas de móveis e não queria ir para a cadeia por
comprar madeira ilegal. Nos dois cenários você enfrenta o desafio de como saber
se dada madeira tem origem legal.
Eis que surge a solução proposta pela
DoubleHelix Tracking Technologies, uma empresa baseada em Cingapura que usa
testes de DNA para indicar a origem de um pedaço de madeira. “Não é possível
forjar DNA”, afirma Andrew Lowe, o cientista chefe da empresa. A empresa
oferece seus serviços para grandes varejistas.
John
Simon, o presidente da Simmonds Lumber, outro cliente da DoubleHelix, explica
como a técnica funciona. A sua empresa, uma importadora de madeira australiana,
costumava depender de uma grande quantidade de documentos nos negócios de
compra de merbau, uma valiosa madeira de lei da Indonésia. Dada a facilidade de
falsificar certificados de origem, era difícil ter certeza sobre a origem da
madeira. Agora, graças a DoubleHelix, Simmonds pode provar que uma tora de
merbau usada para a produção de móveis na Austrália de fato vem de uma área
específica (e legal) da Indonésia.
Trata-se de uma má notícia para o
setor de desmatamento ilegal, atividade que movimenta 30 bilhões de dólares ao
ano, e de uma boa notícia para as florestas.
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