O Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN) confirmou nesta sexta-feira, 8, que as partículas elementares chamadas ‘neutrinos’ não se deslocam mais rápido do que a luz. Com isso, descartaram definitivamente os resultados anunciados em setembro do ano passado que desafiavam um século de teoria científica. Na ocasião, foi divulgado que os neutrinos enviados do laboratório subterrâneo do CERN em Genebra ao de Gran Sasso levaram 60 nanossegundos a menos do que a luz para percorrer a distância de 732 quilômetros, o que vai contra a ideia de Einstein de que nada se desloca mais rápido do que a luz.
“Os neutrinos enviados do laboratório de Gran Sasso (Itália) respeitam o limite de velocidade cósmica”, afirmou o diretor de pesquisa do CERN, Sergio Bertolucci, na Conferência Internacional sobre Física e Astrofísica dos Neutrinos em Kyoto, informou a entidade em nota oficial.
Segundo o cientista, embora esse resultado não seja tão emocionante como alguns teriam gostado, é o que todos esperavam no fim das contas. Ele exaltou a mobilização provocada pelo experimento. “A história cativou a imaginação do público, e deu às pessoas a oportunidade de ver o método científico em ação. Um resultado inesperado foi analisado, exaustivamente investigado e resolvido em parte graças à colaboração entre pesquisadores concorrentes. É assim que a ciência avança”.
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