Cientistas da Universidade de Regensburg descobriram que o ser vivo proporcionalmente mais rápido do mundo é a arqueia, um tipo de microrganismo unicelular capaz de percorrer em um segundo uma distância 500 vezes superior ao seu tamanho, anunciou nesta segunda-feira, 12, a instituição alemã.
O guepardo, capaz de alcançar a velocidade de até 110 km/h, é considerado o animal mais rápido do planeta, mas em relação com seu tamanho, o ser vivo mais veloz é, com uma medida de apenas 0,0001 milímetro, este grupo de arqueobactérias, afirmaram os biólogos.
Assim, as arqueias mais rápidas são capazes de percorrer uma distância de até 500 bps (bodies per second ou corpos por segundo).
Segundo estes cálculos, para superar estes microrganismos unicelulares, o guepardo teria que alcançar uma velocidade de mais de 3 mil km/h, já que seus 110 km/h correspondem somente a cerca de 15 bps.
A exorbitante velocidade não é o único fato excepcional sobre as arqueias, mas também seu exótico habitat, afirmam os cientistas. Estes microrganismos se encontram principalmente próximos de emissões vulcânicas, ou seja, fontes de até 400 graus celsius no leito oceânico.
As arqueias dependem precisamente de sua velocidade para poder se manter de forma permanente nas águas a uma temperatura de cerca de cem graus, já que se fossem mais lentas, poderiam ser arremessadas pelo jato de água das emissões até a superfície do oceano, com temperaturas mortais de apenas 2 graus.
Os cientistas fizeram outro surpreendente descobrimento: as arqueias não se caracterizam apenas por sua inigualável velocidade, mas também por variar seu movimento, já que são capazes de se movimentar tanto em linha reta como em ziguezague.
Para o professor Reinhard Wirth, do Centro para o estudo das arqueias da Universidade de Regensburg, esta capacidade de variar a forma de deslocamento permite a estes velozes microrganismos detectar as condições de água ideais.
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