Antes mesmo de anunciar sua equipe, o novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, divulgou ontem a sua primeira iniciativa à frente da pasta. Ele prometeu distribuir, no segundo semestre deste ano, até 600 mil tablets a professores da rede pública urbana de ensino médio — número suficiente para que cada docente receba o seu. A intenção, depois disso, é fazer o mesmo com os que lecionam no ensino fundamental.O pregão de compra dos tablets, porém, ainda não foi inteiramente finalizado. Falta realizar a análise técnica das propostas vencedoras no quesito menor preço, o que será feito pelo Inmetro. Se tudo der certo, a assinatura dos contratos está prevista para 24 de abril. O passo seguinte será inserir arquivos digitais com material didático em todas as máquinas para auxiliar os professores na tarefa de ensinar. Só aí será feita a distribuição, o que Mercadante garante que ocorrerá no segundo semestre.
A aquisição de tablets começou a ser preparada na gestão do ex-ministro Fernando Haddad, que pesquisou experiências internacionais e lançou ata de registro de preços em dezembro. O projeto de Haddad, no entanto, previa a entrega das máquinas tanto a professores quanto a estudantes. Ao assumir o Ministério da Educação (MEC), Mercadante decidiu começar exclusivamente pelos professores:
— É mais seguro. E dá tempo de amadurecer o projeto pedagógico — disse ontem.
Ele prevê investir entre R$ 150 milhões e R$ 180 milhões na compra das máquinas. As duas empresas vencedoras da fase de menor preço foram a Positivo Informática e a Digibrás.
Ele prevê investir entre R$ 150 milhões e R$ 180 milhões na compra das máquinas. As duas empresas vencedoras da fase de menor preço foram a Positivo Informática e a Digibrás.
A distribuição será feita apenas nos estados e municípios que aderirem ao programa. Por isso, segundo o ministro, não é possível falar com exatidão quantos tablets serão comprados. Ele afirmou que não será cobrada contrapartida financeira.
Entusiasta do uso de tecnologias da informação e comunicação para melhorar a educação, Mercadante ressalvou que nada substitui a relação professor-aluno. Ele observou, porém, que a informática e as tecnologias digitais estão cada vez mais presentes no dia a dia da população. E que é difícil imaginar, nos dias de hoje, um professor que lecione sem ter acesso ao Google ou outros sistemas de busca.
O ministro afirmou que o programa começará pelo ensino médio porque essa etapa é a que tem piores indicadores de qualidade e evasão. O MEC oferecerá cursos de capacitação dos professores.
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