O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que seria realizado no fim de semana em todo o país, foi cancelado na madrugada desta quinta-feira. O vazamento da prova levou o Ministério da Educação a tomar a decisão, que afeta 4,1 milhões de candidatos em 1.800 cidades brasileiras. O ministro da Educação, Fernando Haddad, optou pelo cancelamento depois de ter sido alertado pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo sobre a quebra do sigilo do exame. "Há fortes indícios de que houve vazamento, 99% de chance", afirmou o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, no início da madrugada.
Na tarde de quarta, o jornal foi procurado por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado e no domingo. Propôs entregá-las à reportagem em troca de 500.000 reais. "Isto aqui é muito sério, derruba o ministério", afirmou o homem. O Estado consultou o material, para checar sua veracidade, sem se comprometer com a compra. Haddad, que diz nunca ter tido acesso ao conteúdo da prova, confirmou o vazamento ao consultar os técnicos do Inep, órgão do ministério responsável pelo Enem. A comprovação da fraude se baseou em elementos repassados ao ministro pela reportagem, via telefone e e-mail.
Novo exame - O Ministério da Educação (MEC) tem outra versão da prova do Enem pronta para substituir a que foi cancelada. A expectativa do ministério é realizar a nova versão do exame dentro de cerca de 45 dias. Como a metodologia do Enem exige que as questões sejam pré-testadas, o Inep tem um banco com cerca de 1,8 mil delas. O exame mudou este ano para funcionar como vestibular unificado nacional: 24 universidades federais tinham abolido seus processos seletivos em favor do novo Enem. As questões originais estavam guardadas em um cofre, que foi aberto à noite para confirmar a informação.
O homem que telefonou para o jornal estava acompanhado de outra pessoa ao apresentar a prova, em encontro marcado
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