O
governo sancionou na última quinta-feira (16/02) a lei que institui a reforma
do Ensino Médio. O número de horas de aula vai aumentar. E o aluno vai poder
escolher uma parte do currículo.
Um
grupo do terceiro ano do ensino médio de uma escola pública de Brasília
concorda que é preciso mudar.
“A
gente vê que o ensino é o mesmo da década de 80, de 90. Não sei. E as coisas
precisam, evoluir, precisam de uma melhoria”, disse o estudante Marcos Dutra.
Haroldo
ainda está no primeiro ano. E está cheio de expectativas.
“A
gente vai abranger um conteúdo maior e com ensino técnico a gente vai estar
mais preparado, vai ter uma base maior para conseguir arrumar um emprego”,
afirmou o estudante Haroldo Guimarães.
Pela
reforma, 60% do currículo serão obrigatórios - matemática, português e inglês
estão nessa lista. Filosofia, sociologia, artes e educação física também, mas
vão entrar no currículo como conteúdo - nesse caso podem estar inseridas em
outras disciplinas, como por exemplo “Filosofia” em “História”.
Os
outros 40% serão definidos de acordo com a oferta da escola e o interesse do
aluno. As aulas terão conteúdo das seguintes áreas: linguagens, ciências da
natureza, ciências humanas e sociais e formação técnica e profissional. Também
está nessa lista a matemática, porque o aluno pode optar por estudar mais e ter
reforço nessa área. As escolas deverão oferecer ao menos uma das cinco áreas.
A
carga do ensino médio vai passar das atuais 800 para pelo menos mil horas por
ano. As escolas terão cinco anos para cumprir isso.
Até
2024, o ensino médio em tempo integral deve alcançar 25% das escolas. E aí será
preciso mais dinheiro.
“Um
dos maiores desafios que nós vamos ter é a questão da estrutura física das
escolas. Nós vamos ter que ter investimento nas estruturas, na ampliação dos
espaços físicos para a adequação da quantidade de alunos que nós temos hoje”,
disse a diretora de escola Graça de Paula.
O
relator da reforma no Senado afirma que as mudanças representam um avanço.
“O
governo federal está priorizando as escolas com o menor IDH e menor nota no
Ideb. Isso significa também uma política social. Vai permitir que as escolas
possam oferecer melhores condições que estão oferecendo atualmente”, disse o
senador Pedro Chaves (PSC-MS), relator.
O
presidente Michel Temer sancionou a lei que institui a reforma nesta
quinta-feira (16) numa cerimônia no Planalto. O ministro Mendonça filho disse
que o governo vai apoiar os estados.
“Um
programa de dez anos pelo menos e nos próximos dois anos nós já alocamos R$ 1,5
bilhão que serão suficientes para que a gente possa mais do que dobrar o número
total de matrículas em educação em tempo integral no nível médio no Brasil”,
disse o ministro da Educação, Mendonça Filho.
A
reforma deve começar a valer em 2019. O governo agora corre para conseguir
tirar do papel as mudanças e tornar o ensino mais atraente para os jovens.
Até
o fim de 2017 será preciso definir a base curricular que será comum a todos os
alunos. Esta base deve tratar da obrigatoriedade de outras disciplinas como
biologia, química e física.
Fonte-globocom
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