Em
depoimento aos procuradores do Ministério Público Federal em Curitiba, o
ex-presidente da Odebrecht e herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht, que está
preso desde junho de 2015 e que fechou acordo de delação premiada, confirmou à
Lava Jato a versão do ex-diretor da empreiteira Cláudio Melo Filho sobre o suposto
pagamento de R$ 10 milhões ao PMDB a pedido de Michel Temer.
Marcelo
Odebrecht corroborou a declaração de Cláudio Melo Filho sobre um jantar no
Palácio do Jaburu em 2014, com a presença de Temer e Eliseu Padilha, no qual
teria sido acertado o repasse de R$ 10 milhões para a campanha do PMDB. Na
ocasião, o atual presidente Michel Temer era vice-presidente da República.
O
ex-presidente da Odebrecht não forneceu detalhes sobre a operacionalização do
dinheiro. Já Melo Filho disse, em seu depoimento, que o esquema foi organizado
por Padilha, que solicitou que parte do dinheiro fosse entregue no escritório
de José Yunes, um assessor e amigo de Michel Temer.
Em
nota divulgada na última sexta-feira, 9/12, a assessoria da Presidência afirmou
que Temer “repudia com veemência” a declaração de Melo Filho. Padilha e Yunes
também negaram ter cometido qualquer irregularidade. Já a Odebrecht informou
que não irá se manifestar sobre o teor dos acordos de delação premiada.
O
empresário Emílio Odebrecht, patriarca da empreiteira, também fechou acordo de
delação premiada e deve dar detalhes da relação da Odebrecht com os
ex-presidentes Lula e Dilma.
De
acordo com relatos apresentados aos procuradores da Lava Jato, Marcelo
Odebrecht era responsável por tratar dos assuntos da Odebrecht com a
Presidência da República. Já Cláudio Melo Filho tratava dos assuntos com o
Legislativo.
Caberá
ao ministro do Supremo Teori Zavascki homologar ou não os acordos após o
término dos depoimentos dos executivos da Odebrecht no âmbito da Operação Lava
Jato.
Fonte-opiniao
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