O
lítio é conhecido por ser o elemento base das baterias de smartphones e
tablets, mas ele também é a matéria-prima das baterias que alimentam os carros
elétricos. Com a expansão da venda desses carros, a demanda por este metal
aumentou. Segundo o banco de investimentos Goldman Sachs, a demanda em 2025
será 11 vezes maior do que agora.
O
consumo médio anual do setor de transporte vai crescer 25% até 2025, já o
aumento com os dispositivos móveis se limitará a 3%. “Em 2025, os carros
elétricos e os híbridos plug-in [com tomada, os que estão equipados com uma
bateria e um motor à combustão interna] constituirão 40% dos novos
emplacamentos. Ou seja, a cada ano cerca de 40 milhões dos carros que entrarão
no mercado precisarão de uma bateria”, explica Giacomo Mori, vice-presidente da
consultoria norte-americana AlixPartners.
O
escândalo da adulteração dos motores a diesel da Volkswagen contribuiu para
fortalecer o mercado de carros elétricos. Além disso, produzir motores que
respeitem as regras ecológicas implica em elevar exponencialmente os
investimentos. Com os avanços tecnológicos, os custos de produção dos veículos
elétricos vão diminuir, o que vai alterar também o preço do carro elétrico.
Hoje em dia, um carro elétrico é 45% mais caro do que um a diesel, mas em 2025
essa diferença cairá para até 5%, segundo dados da AlixPartners.
Como
o metal não tem uma cotação oficial, as trocas a preços correntes são muito
limitadas e quatro empresas (a chilena SQM, as americanas FMC e Albermale e a
australiana Talison) controlam 85% da produção. “No momento em que o lítio está
prestes a integrar a cadeia de fornecimento mundial de energia, a falta de
transparência de seu mercado representa um problema sério”, escreve Andy Home,
colunista da Reuters.
A
Bolívia, com 22,7%, é o país que possui o mais alto percentual do total de
reserva conhecidas no mundo, cerca de 40 milhões de toneladas, segundo dados do
US Geological Survey. Com o Chile (18,9%) e a Argentina (16,4%), os três países
concentram na região das salinas, perto das suas fronteiras comuns, região
conhecida como o Triângulo do Lítio, a maioria das reservas mundiais. Em 2008,
o governo boliviano criou um plano para que o país se torne o maior exportador
mundial desse metal.
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