quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Validade de concurso público poderá aumentar se crise suspender nomeações
A ansiedade de
quem passa em um concurso público, mas enfrenta o drama da suspensão das
nomeações e vê o prazo de validade da seleção correr sem poder fazer nada, pode
estar chegando ao fim. Nesta quarta-feira (5), a Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou proposta de emenda à Constituição (PEC
130/2015) da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que suspende a vigência de
um concurso público quando o governo, por restrições orçamentárias, decide
interromper as nomeações.
Depois de
passar pela CCJ, a PEC 130/2015 segue para dois turnos de discussão e votação
no Plenário do Senado.
A proposta
recebeu o aval do relator, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), e elogios
do senador Antônio Anastásia (PSDB-MG). Na justificação da PEC 130/2015,
Vanessa explicou que a medida pretende valorizar o esforço e o mérito dos
candidatos que foram aprovados em concurso público, mas vêm sua validade acabar
sem serem nomeados.
Paralelamente,
a proposta estabelece a suspensão de novas seleções enquanto as contratações
permanecerem “congeladas”. Apesar de considerar “bastante razoável” a suspensão
de novos concursos e de nomeações em momentos de crise econômica, Vanessa
chamou atenção para os prejuízos financeiros se a administração deixar a
validade de uma seleção acabar sem qualquer nomeação ter sido feita.
“Finda a
suspensão das nomeações ou realização de novos concursos, a administração
consumirá outra parcela de seu orçamento na nova seleção”, argumentou a autora
da PEC 130/2015.
Ao analisar a
proposta, o relator concordou ser necessário reduzir gasto de tempo e de
recursos públicos e, ainda, valorizar o empenho dos candidatos aprovados.
Observou que, normalmente, eles investem grande quantidade de tempo e de
recursos financeiros próprios para se dedicarem à preparação para ingresso no
serviço público.
A opinião de
Garibaldi foi reforçada por Anastásia. Na sua avaliação, a proposta contempla
os dois lados: poder público e concursados.
Sabemos que, no passado, se fazia concurso e
não se nomeava. Se vai haver a suspensão da nomeação e também se suspende a
validade, é justo, pois o concurso é um planejamento de vida, ponderou Anastásia.
Fonte-senado
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário