Cientistas
da Universidade de Bath, no Reino Unido, produziram filhotes de camundongos de
laboratório sem utilizar um óvulo, quebrando princípios fundamentais da
embriologia. O estudo foi publicado na revista Nature Communications.
Existem
dois tipos de células no corpo humano: as reprodutivas meióticas (óvulos e
embriões); e as mitóticas (que incluem a maioria dos tecidos e órgãos do corpo
humano). No estudo, os pesquisadores injetaram espermatozoide de camundongos em
um tipo de célula mitótica chamada parthenogenote.
A
célula se desenvolveu como um embrião normal, com genes dos dois pais: o doador
do esperma e o doador da célula. O primeiro par de camundongos produzido dessa
forma cresceu normalmente e, depois, gerou sua própria prole.
O
autor do estudo, Tony Perry, disse que a pesquisa pode, em princípio, abrir
caminho para um cenário “especulativo e fantástico” em que o esperma é
utilizado para fertilizar células adultas derivadas da pele e outros tecidos.
Pode permitir, inclusive, que dois homens se tornem pais biológicos de um bebê,
sem o envolvimento de uma mulher.
“Nosso
trabalho desafia o dogma existente desde que os primeiros embriologistas
estudaram óvulos de mamíferos e fertilização no século XIX, de que apenas um
óvulo fertilizado por esperma pode resultar em um embrião mamífero”, disse
Perry.
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