O
desemprego no Brasil chegou a 11,8% no último trimestre, o que significa que 12
milhões de pessoas estão desempregadas no país. Os dados são da mais recente
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE, divulgada nesta
sexta-feira, 30/09.
O
percentual atual é o mais alto da série histórica da Pnad, iniciada em 2012. O
índice atual supera em 0,6% (ou 583 mil pessoas) o registrado no trimestre
anterior, encerrado em maio.
“O
cenário continua bem difícil, no sentido em que a pesquisa continua
apresentando recordes”, disse Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e
rendimento do IBGE. Azeredo afirma que o aumento do desemprego é preocupante
porque se tratar de uma época em que os índices “já deveriam estar apresentando
sinais de melhoras”.
O
crescimento da população desempregada registrado no último trimestre foi de
36,6% (3,2 milhões de pessoas) em comparação com o mesmo período de 2015.
Para
piorar, pela primeira vez desde 2014, houve queda no número de profissionais
autônomos, medida que é uma alternativa da população à falta de empregos. O
número de pessoas trabalhando por conta própria caiu 3,2% em relação ao
trimestre anterior. Isso representa 739 mil profissionais autônomos a menos.
Já
a população que trabalha com carteira assinada registrou queda de 3,8% em
comparação com o mesmo período de 2015, mas se manteve estável em relação ao
trimestre anterior, com 34,2 milhões de pessoas na situação.
O
setor que mais apresentou queda de contingente em relação ao trimestre anterior
foi o da construção. O número de pessoas trabalhando no setor caiu 3,3%, ou 249
mil profissionais a menos.
Em
segundo lugar ficou o setor de serviços domésticos, com uma queda de 2,8%, 177
mil pessoas a menos em relação ao trimestre anterior. Segundo Azeredo, a queda
é um reflexo do desemprego. “Quem perde o emprego não tem como negociar, tem
que dispensar o trabalhador doméstico”.
Outro
setor que apresentou índices alarmantes foi o da indústria. O número de pessoas
ocupadas no setor caiu 1,9% (229 mil pessoas) na mediação atual. “Ter queda na
indústria no terceiro trimestre preocupa. É um momento em que a indústria
deveria entrar em processo de aquecimento”, diz Azeredo.
Ainda
segundo o IBGE, a renda média do trabalhador não apresentou alteração, se
mantendo em R$ 2.011 no trimestre analisado.
Fonte-opiniao
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