sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Brasil tem 12 milhões de desempregados

O desemprego no Brasil chegou a 11,8% no último trimestre, o que significa que 12 milhões de pessoas estão desempregadas no país. Os dados são da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE, divulgada nesta sexta-feira, 30/09.
O percentual atual é o mais alto da série histórica da Pnad, iniciada em 2012. O índice atual supera em 0,6% (ou 583 mil pessoas) o registrado no trimestre anterior, encerrado em maio.
“O cenário continua bem difícil, no sentido em que a pesquisa continua apresentando recordes”, disse Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE. Azeredo afirma que o aumento do desemprego é preocupante porque se tratar de uma época em que os índices “já deveriam estar apresentando sinais de melhoras”.
O crescimento da população desempregada registrado no último trimestre foi de 36,6% (3,2 milhões de pessoas) em comparação com o mesmo período de 2015.
Para piorar, pela primeira vez desde 2014, houve queda no número de profissionais autônomos, medida que é uma alternativa da população à falta de empregos. O número de pessoas trabalhando por conta própria caiu 3,2% em relação ao trimestre anterior. Isso representa 739 mil profissionais autônomos a menos.
Já a população que trabalha com carteira assinada registrou queda de 3,8% em comparação com o mesmo período de 2015, mas se manteve estável em relação ao trimestre anterior, com 34,2 milhões de pessoas na situação.
O setor que mais apresentou queda de contingente em relação ao trimestre anterior foi o da construção. O número de pessoas trabalhando no setor caiu 3,3%, ou 249 mil profissionais a menos.
Em segundo lugar ficou o setor de serviços domésticos, com uma queda de 2,8%, 177 mil pessoas a menos em relação ao trimestre anterior. Segundo Azeredo, a queda é um reflexo do desemprego. “Quem perde o emprego não tem como negociar, tem que dispensar o trabalhador doméstico”.
Outro setor que apresentou índices alarmantes foi o da indústria. O número de pessoas ocupadas no setor caiu 1,9% (229 mil pessoas) na mediação atual. “Ter queda na indústria no terceiro trimestre preocupa. É um momento em que a indústria deveria entrar em processo de aquecimento”, diz Azeredo.
Ainda segundo o IBGE, a renda média do trabalhador não apresentou alteração, se mantendo em R$ 2.011 no trimestre analisado.

Fonte-opiniao

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