Para
quem vive no Recife, engarrafamentos e dificuldades de deslocamento de
pedestres, usuários de transporte coletivo e ciclistas são enfrentados todos os
dias. Os números ajudam a entender a magnitude do desafio da mobilidade na
capital pernambucana. Em pesquisa da companhia holandesa TomTom, divulgada em
maio deste ano, o Recife aparece como a cidade com o oitavo trânsito mais lento
do mundo. Os recifenses gastam 44 minutos a mais por dia circulando pela
cidade.
A
frota de veículos não para de crescer. Dados do Departamento Estadual de
Trânsito de Pernambuco (Detran) mostram que o número de carros era de 403.676
em 2006. Dez anos depois, já são 679.298 automóveis – sem contar com os
veículos da região metropolitana, já que muitos moradores de municípios
vizinhos circulam diariamente na capital.
No
transporte coletivo, os usuários de ônibus somam 1,8 milhão diariamente. Para
atender a tanta gente, existem cerca de 3 mil veículos e 54 quilômetros de
corredor exclusivo para o modal. No metrô, que atende ao Recife e a mais quatro
municípios, são 245 mil usuários por dia útil, de acordo com a Companhia
Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
“O
Recife hoje está figurando na lista das cidades mais engarrafadas, a que tem
mais violência no trânsito, a que mais se demora em esperar ônibus. O desafio
que a gente vê é a priorização efetiva dos modais de transportes mais
eficientes e socialmente justos. Como diz a Política Nacional de Mobilidade
Urbana, modos de transporte ativos e coletivos devem ser priorizados. Isso a
gente tem visto muito pouco na cidade frente ao que se tem feito para o
automóvel”, diz Daniel Valença, membro do núcleo executivo do Observatório do
Recife.
Fonte-ebc
Fonte-ebc
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