O
Senado confirmou nesta terça-feira, 31, por 61 votos contra 20, o afastamento
definitivo da petista Dilma Rousseff da presidência da República. Em uma
votação separada, no entanto, os senadores decidiram não cassar os direitos
políticos da petista, que permanece habilitada para exercer cargos públicos no
futuro.
No
entendimento do Senado, Dilma cometeu crime de responsabilidade ao atrasar
repasses aos bancos estatais, uma prática chamada de pedalada fiscal, e ao
assinar decretos autorizando a abertura de créditos suplementares sem a
autorização do Congresso. No entanto, a maior parte dos senadores optou por não
cassar os direitos políticos da ex-presidente.
A
posse de Michel Temer aconteceu de forma simples pouco depois das 16hs no
Senado, presidida pelo presidente da Casa Renan Calheiros. Calheiros votou a favor do impeachment nesta
terça. Foi a primeira vez que ele participou da votação do processo.
Houve
manifestações dentro e fora do Senado assim que o ministro do STF, Ricardo
Lewandowki, que presidiu o processo do impeachment, anunciou o resultado final.
Manifestantes e senadores favoráveis ao impedimento de Dilma cantaram o hino
nacional enquanto simpatizantes da petista empunhavam cartazes dizendo “É
fraude, é golpe!”. Pessoas reunidas em frente ao Palácio da Alvorada também se
manifestaram, aplaudindo e vaiando os senadores que pediam a palavra no Senado.
O
processo contra Dilma foi aberto em 12 de maio, quando ela foi afastada da
presidência. O segundo mandato da petista durou um ano e nove meses.
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