Em uma disputa decidida em segundo turno, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito, na madrugada desta quinta-feira, 14, o novo presidente da Câmara dos Deputados.
De
um total de 460 deputados presentes na sessão, Maia obteve 285 votos, contra
170 do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), apontado como o candidato favorito do
governo. Houve cinco votos em branco. No primeiro turno, Maia obteve 120 votos,
contra 106 de Rosso. O ex-ministro Marcelo Castro (PMDB-PI) ficou em terceiro
lugar, com 70 votos.
A
eleição para a presidência da Câmara foi acelerada após a renúncia, na semana
passada, do então presidente afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teve seu
mandato suspenso em maio pelo STF. Desde então, a Câmara estava sendo comandada
pelo vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA).
Rodrigo
Maia, que é filho do ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM), ficará no cargo até
31 de janeiro de 2017, quando terminaria o mandato de Eduardo Cunha.
O
DEM, partido de Rodrigo Maia, faz parte do governo Michel Temer, mas não
integra o chamado “Centrão”, um bloco informal que reúne siglas mais de
centro-direita e que são a base de sustentação do Planalto.
Rodrigo
Maia chegou a ser cogitado para a liderança do governo na Câmara, mas foi
preterido por André Moura, líder do PSC, que contou com o trabalho de Cunha nos
bastidores. Após este episódio, Maia, que até então era considerado um aliado
de Cunha, se afastou do peemedebista.
Em
discurso após o anúncio da vitória, o novo presidente da Câmara dos Deputados
agradeceu “ao PSDB […], ao PSB, ao PPS e ao DEM, meu partido […] Aos partidos
que me ajudaram no segundo turno […]”, ressaltando que “vamos, a partir de
amanhã, governar com simplicidade. […] Nós temos que pacificar esse plenário,
temos que dialogar com a maioria, com a minoria”.
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