Mais
de 150 novas espécies foram descobertas no Himalaias orientais apenas nos
últimos cinco anos, revelou esta semana um relatório da fundação Word Wildlife
Fund for Nature (WWF). O relatório descreve espécies como um macaco de nariz
empinado que espirra quando chove, um peixe que anda ou um sapo de olhos azuis.
Mas a fundação WWF alerta para o risco em que se encontram as espécies
descritas.
Desde
2009 que um grupo de cientistas explora os Himalaias no Nepal, no Butão, no sul
do Tibete, no norte da Índia e no norte de Myanmar. O novo relatório da WWF dá
conta de 133 novas espécies de animais, 26 de peixes e 10 de anfíbios, assim
como um novo réptil, um novo pássaro e um novo mamífero.
O
mamífero é um macaco conhecido como "Snubby" entre os cientistas, um
nome carinhoso que lhe foi dado pelos cientistas que o descobriram. Porque tem
um nariz muito pequeno e empinado, Snubby, que vive nas florestas de Myanmar,
tem alguns problemas com a chuva - quando chove, a água entra-lhe pelo nariz
exposto com muita facilidade, o que o faz espirrar. No relatório é possível ler
como estes macacos escondem a cabeça entre os joelhos quando chove.
Também
foi descoberto um sapo de vibrantes olhos azuis no norte da Índia, e uma
centopeia nepalesa denominada "unicórnio" por ser tão rara no
ocidente asiático. Descobriu-se a primeira espécie de peixe endêmica do Butão e
uma víbora que "no primeiro instante parece mais joalharia cuidadosamente
desenhada", lê-se no relatório. Uma das descobertas mais espantosas é a de
um peixe que é capaz de "andar",o peixe, de coloração em tons de
azul, respira ar e é capaz de sobreviver fora de água durante vários dias. É
mesmo capaz de se deslocar através de movimentos do corpo, sobre terra úmida
para chegar de uma massa de água até outra. Este peixe, o Channa andrao, vive
na Índia.
O
relatório da WWF alerta, porém, para o perigo em que se encontram os animais e
plantas descobertos, devido a inúmeros perigos: desde as alterações climáticas
à desflorestação, desde a poluição ao crescimento da população humana. Os
riscos para estas espécies recém-descobertas fazem a fundação deixar um aviso:
"Se não agirmos agora para proteger estes ecossistemas frágeis, há
riquezas naturais incontáveis que poderíamos perder para sempre", disse
Heather Sohl, porta-voz da fundação, ao jornal britânico The Guardian.
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