Em
estudo publicado na revista Nature Neuroscience, cientistas americanos e
britânicos identificaram as células do cérebro responsáveis por controlar a
sensação de fome. A descoberta abre caminho para o desenvolvimento de uma droga
que regule esse mecanismo, o que poderia ajudar na luta contra a crescente
obesidade no mundo, dizem pesquisadores.
A
nova descoberta é relacionada a um grupo de células do cérebro, conhecidas como
neurônios PVH MC4R, que quando desligadas aumentam a fome e, ativadas, acabam
com o apetite.
Em
experimento feito com camundongos, os animais que tinham ido dormir com o
estômago cheio ficaram famintos quando o circuito foi desligado. Quando as
células foram ativadas, os camundongos perderam completamente o apetite.
Pesquisadores
também fizeram outro experimento para descobrir que tipo de sentimentos os
neurônios PVH MC4R geravam quando ligados. Camundongos famintos foram colocados
em uma caixa com duas saídas, uma delas equipada com laser para ativar esses
neurônios. Os animais pareciam ser atraídos para esta porta. Para os
cientistas, o experimento sugeriu uma reação de prazer nos cérebros desses
roedores. O corte do apetite não seria causado por náusea ou outras sensações
desagradáveis, e sim, pela diminuição da angústia e irritação que muitas vezes
acompanha a fome.
Segundo
o pesquisador Bradford Lowell, do Centro Médico Beth Israel Deaconess, em
Boston, a ativação dos neurônios PVH MC4R teve o mesmo efeito que uma dieta.
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