Algumas
vezes o universo se manifesta para demonstrar a sua enormidade e infinidade,
além do quanto somos pequenos em comparação a ele. Um desses momentos foi em
fevereiro de 2013, quando um asteroide colidiu com os Montes Urais, na Rússia,
causando pânico na população, janelas quebradas e ferimentos em mais de mil pessoas.
O
acontecimento surpreendeu os moradores da região e de todo o planeta, mas um
especialista em asteroides, Andrew Glikson, da Australian National University,
afirmou que poderia ter sido muito pior. Se apenas as pessoas percebessem o que
os asteroides já fizeram a esse planeta.
Segundo
Glikson, a evidência do que houve no passado está cravada na bacia de Warburton
Leste, no centro da Austrália. O pesquisador encontrou no local uma cratera de
cerca de 200 quilômetros de diâmetro. As dimensões surpreenderam o estudioso e
o fizeram acreditar que representa uma nova descoberta.
“Esta
é uma nova descoberta. E o que realmente foi incrível é o tamanho do terreno
que foi atingido. O local tem um mínimo de 200 quilômetros, o que torna o
terceiro maior sítio do tipo em qualquer lugar do mundo”, disse Glikson.
Andrew
e outros especialistas acreditam que o impacto do asteroide com o solo foi
sentido em todo o planeta, mudando a situação da vida e expelindo uma grande
quantidade de poeira na atmosfera, bloqueando a luz solar e iniciando a era do
gelo.
Algumas
questões ainda ficaram no ar. O asteroide teria se partido no ar antes de se
chocar com a Terra? O impacto foi mais amplo do que os 200 quilômetros de
diâmetro? Poderia ter sido muito maior?
Agora,
dois anos depois da descoberta, Glikson acredita ter a resposta. O resultado
foi publicado no jornal de geologia Tectonophysics.
“Aparentemente
são duas grandes áreas, com cada uma delas com cerca de 200 km de diâmetro.
Assim, juntos, eles formam uma estrutura de 400 km que é a maior conhecida no
mundo. Esse asteroide pode ter sido o causador de um grande evento de extinção
em massa na época, mas nós ainda não sabemos a idade deste impacto e ainda
estamos trabalhando nisso”, explicou Glikson.
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