domingo, 8 de fevereiro de 2015

FÍSICA: aceleradores de partículas mais econômicos


Durante mais de 80 anos os físicos que estudam o campo da física de partículas tiveram de pensar macro, embora fossem pagos para pensar nos menores elementos que existiam. Para criar as partículas exóticas era preciso que as partículas elementares (elétrons e prótons) se chocassem. Quanto mais exótico fosse o resultado desejado, mais rápidas essas colisões precisavam ser. Essa velocidade adicional exigia uma energia extra e, portanto, máquinas maiores. O primeiro cíclotron, fabricado em 1931 em Berkeley, Califórnia, por Ernest Lawrence, tinha uma circunferência de 30 centímetros. O cíclotron mais recente, o Large Hadron Collider (LHC) da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), o maior laboratório de física de partículas do mundo, localizado perto de Genebra, e que retomará suas atividades em março depois de dois anos de reforma, tem uma circunferência de 27 quilômetros.
Mas o custo de fabricar essas máquinas gigantes é enorme. O LHC, que começou a funcionar em 2008, custou US$5 bilhões. O projeto de uma máquina americana ainda maior, o Superconducting Super Collider, que teria uma circunferência de 87 quilômetros foi cancelado em 1993, depois do custo de US$2 bilhões para construir menos de um terço do túnel que ela ocuparia. A maioria dos físicos especializados em física de partículas terá de se conscientizar que o LHC talvez seja o final de seu caminho de pesquisa, a não ser que eles encontrem uma solução para diminuir radicalmente o tamanho e o custo das máquinas.
E é exatamente isso que os físicos estão empenhados em  fazer. Um grupo de físicos do projeto AWAKE do CERN está tentando diminuir o tamanho de seus equipamentos com o uso de ondas de plasma para acelerar as partículas de altas energias em distâncias curtas. Até o momento os equipamentos estão mais próximos em tamanho e potência dos primeiros cíclotrons do que do LHC. Mas mesmo com um tamanho maior, os aceleradores de plasma poderão ser menores do que o LHC, porque terão uma potência igual à dos equipamentos convencionais trinta vezes maiores. 

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