Cientistas da Universidade de Northeastern estão
usando nanotecnologia para encontrar um tratamento efetivo contra o vírus
Ebola, que já matou 1,2 mil pessoas e infectou um número ainda maior de
doentes.
A dificuldade para encontrar uma vacina para o
vírus está ligada ao fato de que ele sofre mutações em grande velocidade. Como
achar um jeito de segurar um vírus que está mudando de forma a toda hora? O
professor Thomas Webster, que também é chairman de bioengenharia e engenharia
química na Northeastern acredita que a resposta está na nanotecnologia.
Mais precisamente nas nanopartículas que estão
sendo desenvolvidas por Webster e que poderiam impedir o vírus de mutar e
matá-lo. A capacidade fazer isso seria um elemento vital para virar o jogo
contra o vírus mortal que muitos cientistas e médicos temem possa se espalhar
rapidamente pelo mundo.
"Como os vírus, e o Ebola, são nanoestruturas,
muitos de nós acreditam que o único jeito de atacá-los é usando a mesma arma,
ou seja, outros nanomateriais", diz Webster. "Em nanotecnologia
voltamos à atenção para o desenvolvimento de nanopartículas que podem se grudar
quimicamente aos vírus e então interromper sua disseminação", explica o
cientista.
Os nanomateriais poderiam mudar a estrutura do
vírus de forma que ele não mais conseguisse entrar nas células do hospedeiro
para se replicar. "Também estamos desenvolvendo nanopartículas de ouro que
podem grudar no Ebola e em outros vírus e quando aquecemos o ouro usando ondas
de raios infravermelhos podemos seletivamente matar o vírus Ebola que está
alojado no doente", explicou Webster à Computerworld.
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