As respostas sobre se já houve vida em marte podem
estar escondidas em um meteorito de origem marciana, que caiu no Egito em 1911.
Novos estudos feitos no material descobriram uma bolha cheia de barro que
revela chances plausíveis de que o planeta vermelho tenha sido habitável no
passado. A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira (21) na revista
Astrobiology.
O meteorito Nakhla, que leva o nome do seu local de
queda, desprendeu-se da superfície marciana há 1,3 bilhão de anos, vindo parar
na Terra. O material indica presença de água líquida, como a encontrada em
lagos e rios, propícia ao desenvolvimento da vida. A sonda Curiosity da Nasa
também encontrou as mesmas evidencias em minerais de argila descobertos no
planeta vermelho.
Os resultados do novo estudo, no entanto, dependem
dessa bolha recém-identificada, preenchida com argila rica em ferro, que tem
forma oval e se assemelha ao efeito de bactérias fósseis. Os pesquisadores
concluíram, no entanto, que a forma ovóide não surgiu a partir de materiais
biológicos, mas de processos geológicos, como a percolação --movimento e
filtragem de fluidos por materiais porosos-- da água através da rocha.
Dentro da bolha foram encontrados vários tipos de
argila, incluindo esmectites, óxidos de ferro e sulfuretos de ferro, conjunto
semelhante ao encontrado pelo material coletado pela sonda Curiosity da Nasa,
de acordo com os autores.
Em 2006, um estudo informou que túneis
microscópicos no meteorito Nakhla imitam o tamanho e a forma dos túneis
deixados por bactérias em rochas da Terra, nos seus primórdios. Características
encontradas no meteorito pelos pesquisadores tem fortes indicativos de terem se
formado antes de o material se desprender da superfície de Marte.
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