O
que Susana Vieira, Bill Gates, Palmirinha e Mark Zuckerberg têm em comum? A
militância em prol da arrecadação de fundos para o tratamento da esclerose
lateral amiotrófica (ELA); que parece ter “unido” celebridades e populares em
favor de causa social.
Nos
últimos dias, o desafio do balde de gelo ganhou as redes sociais e chamou
atenção para a causa nobre. Teoricamente, quem participa do desafio pode trocar
o banho de gelo pela chance de fazer uma doação a uma instituição que estuda a
doença. Ou fazer os dois, o que é ainda melhor.
Contudo,
o mais relevante do tema é compreender a doença. A esclerose lateral
amiotrófica, também conhecida como “doença de Lou Gehrig”, destrói
gradativamente as células do cérebro e da medula espinhal que controlam os
músculos.
Com
o passar do tempo, o cérebro vai perdendo a capacidade de controlar os
movimentos, até levar à paralisia. O fator causador da enfermidade ainda é
desconhecido. Trata-se de uma condição progressiva que, atualmente, não tem
cura.
Receber
o diagnóstico de ELA nem sempre é sinônimo de derrota. Aos 21 anos, Stephen
Hawking recebeu a notícia de que sofria da doença. Meio século depois, ele
ainda é um dos físicos mais importantes do mundo.
Hawking
completou seu doutorado em cosmologia e se tornou professor da conceituada
Cátedra Lucasiana (Cambridge, EUA), que pertenceu a Isaac Newton.
Porém,
o cientista é uma exceção. Com a deterioração do cérebro, a expectativa de vida
do paciente é de três anos. O jogador de beisebol Lou Gehrig (que hoje empresta
seu nome à doença), viveu dois anos após receber o diagnóstico da doença, que
interrompeu sua carreira em 1939.
Hoje
em dia, há tratamentos que ajudam a controlar os sintomas e prolongar a vida do
doente. Alguns chegam a viver por até 10 anos.
E
o balde de gelo?
A
moda do balde de gelo foi introduzida por Corey Griffin, um jovem americano de
27 anos. Ele postou na internet um vídeo onde aparece tomando o banho gelado,
depois que soube que um amigo sofria de ELA. Daí veio a metáfora: receber a
notícia é como um balde de água fria na cabeça.
Semanas
depois que o desafio foi difundido na rede, Corey morreu em um acidente de
mergulho.
Até
a última quarta-feira, 20, campanha já tinha rendido US$ 31,5 milhões para a
ASL Association, nos Estados Unidos. No Brasil, o resultado tem sido bem mais
modesto; a Associação Brasileira de Esclerosa Lateral Amiotrófica (ABRELA) e a
Associação Pró-Cura da Ela arrecadaram, juntas, cerca de R$ 75 mil.
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