Há muitas coisas que as pessoas não
gostariam de ter em seus quintais, e as usinas nucleares estão entre as
primeiras dessa lista. Mas e se os reatores flutuantes pudessem ser montados
offshore, longe do alcance das cidades? Embora possa parecer estranha, essa
ideia esta conquistando apoiadores nos EUA e na Rússia.
Os benefícios potenciais de construir
usinas nucleares em plataformas flutuantes – semelhantes àquelas utilizadas
pelo setor de petróleo e gás offshore – foram apresentadas recentemente em um
congresso organizado pela Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos por
Jacopo Buongiorno, Michael Golay, Neil Todreas e seus colegas do Massachusetts
Institute of Technology.
Usinas nucleares flutuantes oferecem
benefícios tanto econômicos como de segurança, de acordo com os pesquisadores.
No mínimo elas conseguem tirar vantagem de duas tecnologias maduras e bem
entendidas: reatores nucleares de água leve e a construção de plataformas
offshore. As estruturas seriam construídas em estaleiros com o uso de técnicas
testadas e em seguida rebocadas por diversos quilômetros oceano adentro e enfim
ancoradas no assoalho marinho.
Reatores offshore ajudariam a superar
a dificuldade cada vez maior de encontrar lugares para novas usinas nucleares.
Eles precisam de muita água. Outro benefício de estar distante da costa é o que
o núcleo do reator, flutuando sob a superfície da água, poderia ser resfriado
passivamente sem a necessidade de recorrer a bombas movidas a eletricidade, as
quais podem falhar. Uma usina nuclear flutuante também estaria protegida contra
terremotos e maremotos. A vastidão do oceano protegeria a estrutura de ondas
sísmicas no leito marinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário