Um novo e
perigoso estimulante líquido está conquistando usuários por todo o mundo.
Trata-se da nicotina líquida, usada para recarregar os cigarros eletrônicos.
Extraída do
tabaco, a nicotina líquida é misturada a sabores artificiais e aromas através
de processos químicos para alimentar a crescente demanda do mercado. O problema
é que assim como os cigarros eletrônicos, a nicotina líquida não passa por
nenhum processo de regulamentação.
Vendida em
pequenos frascos, garrafas e até barris, a nicotina líquida é uma neurotoxina
poderosa. Pequenas doses ingeridas ou absorvidas pela pele podem causar vômito,
tontura e até a morte. Uma colher de chá, mesmo altamente diluída, pode matar
uma criança pequena.
As evidências
dos riscos potenciais que a nicotina líquida oferece já começaram a aparecer.
Toxicologistas afirmam que crianças pequenas estão mais expostas ao risco, pois
podem ser atraídas pela cor e aroma dessas substâncias. “Não é uma questão de
saber ‘se’ uma criança vai passar por isso, mas sim ‘quando’”, diz Lee
Cantrell, professor de Farmácia da Universidade da Califórnia, EUA.
Casos de
envenenamento acidental já foram reportados nos EUA, especialmente entre
crianças. Uma morte também foi registrada no país, quando uma pessoa cometeu
suicídio injetando a substância. Em todo o país, casos menos graves de
envenenamento acidental saltaram nos últimos dois anos. Em 2013, foram
registrados 1.351 casos, um salto de 300% em relação ao ano anterior.
Para Cynthia
Cabrera, da Smoke Free Alternatives Trade Association, o grande problema é a
falta de regulamentação da substância. Segundo ela, isso permitiria medidas
como a criação de recipientes seguros e aumentaria a fiscalização no processo
de produção. Mas ela também alerta que pais usuários de cigarros eletrônicos
devem ser mais cuidadosos. “Ninguém deixa uma garrafa de alvejante ao alcance
de crianças”, diz Cynthia.
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