Em cinco recentes expedições no mar
do Caribe, cientistas do Museu Americano de História Naturaldescobriram que
existem mais espécies de peixes capazes de brilhar no escuro do que se pensava
anteriormente. Segundo os cientistas, a biofluorescência está presente em pelo
menos 180 espécies.
A descoberta, publicada na revista
científica PLoS One nesta quarta-feira, 8, tem implicações para a teoria da
evolução e a compreensão humana sobre o comportamento dos peixes fluorescentes.
O estudo também abre novas possibilidades de pesquisas de laboratório para
examinar as substâncias químicas encontradas nos peixes fluorescentes, disseram
os autores, entre os quais John Sparks, do Museu Americano de História Natural,
e David Gruber, do Museu da Universidade da Cidade de Nova York.
Organismos bioluminescentes, como
alguns peixes e vaga-lumes, produzem sua própria luz. Mas peixes e corais
biofluorescentes apenas absorvem a luz azul, que têm alto teor de energia, e a
transformam em luz verde, laranja e vermelha de potência relativamente menor.
Alguns organismos conseguem fazer as duas coisas.
As proteínas envolvidas na
fluorescência são importantes para pesquisadores porque, uma vez identificadas,
eles conseguem adaptá-las para iluminar diferentes processos biológicos. Em
2008, o Prêmio Nobel foi atribuído a três cientistas pela descoberta de uma
proteína verde fluorescente em águas-vivas.
A fluorescência é importante para o
entendimento da evolução dessas espécies de peixes também. A maioria delas usa
camuflagens para se proteger, por isso os peixes são praticamente invisíveis.
Mas cada espécie precisa se identificar, principalmente para o acasalamento. Os
pesquisadores acreditam que as espécies usam a fluorescência para chamar a
atenção de seus pares e facilitar a reprodução. Porém, mergulhadores humanos
mal conseguem enxergar a fluorescência dos peixes a olho nu. É preciso que apontem uma intensa luz azul
sobre os organismos, potencializando os níveis de fluorescência dos peixes.
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