A rifampicina é um dos agentes antituberculosos
ativos mais conhecidos, mas a sua baixa solubilidade faz com que o medicamento
seja administrado em altas concentrações e possa provocar efeitos colaterais
sérios.
A solução pode estar na produção da rifampicina por
meio das modernas técnicas da nanotecnologia, segundo pesquisadores da Escola
Politécnica da USP e do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo).
Usando uma técnica chamada nanoprecipitação e um
aparelho microfluídico, Juliana de Novais Schianti e Antônio Carlos Seabra
conseguiram reduzir o tamanho das partículas do medicamento e melhorar sua taxa
de dissolução.
Os resultados promissores acabam de serem
publicados pelo periódico científico Journal of Nanomedicine and
Nanotechnology.
Foram produzidas partículas de maneira controlada
com tamanhos entre 100 nanômetros e 1,2 micrômetro.
Essas nanopartículas apresentaram um perfil amorfo
e uma maior taxa de dissolução em comparação com a rifampicina comercial crua.
"Os resultados foram promissores e permitiram
compreender melhor o processo de automontagem da rifampicina em dispositivos
microfluídicos", afirmou Juliana.
O processo foi patenteado e agora as duas
instituições planejam realizar contatos com fabricantes de medicamentos
interessados na tecnologia.
Quando for fabricada com nanotecnologia, a
rifampicina, usada sobretudo contra a tuberculose, poderá ser aplicada em doses
menores, preservando os efeitos e evitando os efeitos colaterais.
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