Como o mundo se tornou tão
complacente com armas nucleares? Eric Schlosser, um jornalista investigativo,
suspeita que mentes racionais não consigam realmente apreender a realidade do
poder destrutivo delas.
Ele se recorda de ter crescido nos
anos 70, quando se falava de um armagedom nuclear, e de vir a encarar tais armas
como uma ficção aterrorizante. O novo livro de Schlosser, “Command and
Control”, pretende relembrar os verdadeiros riscos dos acidentes nucleares.
Uma vez que as armas nucleares não
podem ser desinventadas, o autor cita especialista – entre eles militares e
cientistas nucleares – que acham que a solução menos arriscada pode ser um
“dissuasor mínimo” de algumas centenas de ogivas americanas, sendo que os
outros países do mundo seriam avisados de antemão onde elas poderiam ser
disparadas. O status quo, todos concordam, é aterrorizante: trata-se de esperar
até que um acidente aconteça.
Essas afirmações podem parecer pouco
críveis, mas o crédito cabe a Schlosser por, através de uma acumulação paciente
de evidências, forçar os leitores a examinarem suas ideias com seriedade.
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