O
Senado gastou quase R$ 2 milhões em um ano e quatro meses com a compra de 1,4
milhão de selos. A casa, no entanto, não sabe explicar o que foi feito com o
material.
As
despesas dos senadores e da área administrativa com a cota postal serão
apuradas. Após uma auditoria aberta em junho, funcionários foram afastados e a
distribuição de mais selos foi proibida.
Para
efeitos de comparação, o gasto de quase R$ 2 milhões seria suficiente para
distribuir uma carta para cada morador de Goiânia, que tem 1,3 milhão de
habitantes, ou ainda seria o equivalente a 18 mil selos por senador.
As
regras do Senado não prevêem a compra de selos, o que intriga os responsáveis
pela auditoria. Todas as correspondências da casa são seladas por meio de uma
máquina que imprime o valor da postagem na carta, o que significa que não é
preciso colocar selos nas correspondências.
Fontes
ouvidas pelo jornal O Estado de S.Paulo disseram que parte dos selos foi
entregue a alguns senadores, que os requisitaram oficialmente. Não se sabe, no
entanto, o paradeiro da maior parte do material.
O
Senado estuda definir um limite em reais para o envio de correspondências pelos
senadores, que, segundo norma de 1991, não têm limite para gastos desse tipo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário